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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

FONCEBADÓN E A CRUZ DE FERRO

FONCEBADÓN E A CRUZ DE FERRO
Não podemos falar na Cruz de Ferro, sem abordarmos o antigo povoado de Foncebadón situado na sua proximidade e atualmente reduzido a tristes ruínas. Foncebadón era uma importante localidade existente no Caminho de Santiago, o seu nome aparece em vários documentos do século X. Naquele local, o eremita Gaucelmo por volta do ano 1123, construiu um hospital e um albergue para os peregrinos que passavam pelo penoso vale de Foncebadón. Existem documentos datados do ano de 1103, pelo qual Alfonso VI, a pedido do próprio Gaucelmo, concede imunidade à albergaria de Foncebadón e a igreja de San Salvador de Irago. Da documentação medieval existente, se depreende que houve ali um hospital, uma Igreja a de Santa Magdalena dependente do hospital e a já referida de San Salvador. Posteriormente, fixou-se na região uma comunidade de eremitas que passou a depender da Junta de Astorga, a qual criou a dignidade de Abade de Foncebadón, Apesar das ruínas do lugar, facilmente descobre-se à condição de local de peregrinação, ao passar-se pela rua do antigo povoado.
Apesar de Alfonso VI engrandecer o povoado dando foros e privilégios, os mesmos não foram suficientes para evitar que seus habitantes imigrassem em buscas de terras menos hostis.
Na proximidade de Foncebadón, a 1504 metros de altitude, levanta-se a Cruz de Ferro, um dos monumentos mais simples, porém um dos mais antigos e emblemáticos do Caminho. Sobre um montão de pedras se levanta uma pequena Cruz de Ferro, presa no alto de um tronco de madeira de uns 5 metros de altura. A mesma fica localizado sobre o temido monte Irago, que serviu de passagem aos antigos e famosos peregrinos como: Aymeric, Kunig von Vach, Arnold von Harff e Laffi.
Os romanos utilizavam o monte como divisa territorial e o chamava de “monte de Mercúrio”, era um marco divisório entre el Bierzo e a Maragatería. Posteriormente o eremita Gaucelmo, protetor dos peregrinos nesses locais difíceis, colocou uma cruz sobre esse morro para orientar os peregrinos nas épocas das grandes nevadas, cristianizando o ancestral monumento cujo sentido se perde na antigüidade escapando a nossa compreensão, pois, os romanos já anteriormente aquela época, tinha como tradição ao passar jogar uma pedra sobre o mesmo.
Segundo a lenda, a atual cruz de ferro substitui a primitiva, instalada pelo próprio Gaucelmo sobre um altar romano dedicado a Mercúrio, Deus patrono dos Caminhos. É quase o local mais alto da rota, o ponto máximo 1.517 metros, encontra-se localizado um pouco depois em baixo de uma antena de comunicações.
Sobre aquele monte os peregrinos seguindo a tradição, jogam uma pedra para pedir proteção em sua viagem, somando a uma tradição milenar que se perde com o tempo. Existe ao seu lado uma pequena ermida dedicada a Santiago levantada por ocasião do Ano Santo Compostelano de 1982, no entanto a mesma está mal conservada, bem como necessitando de limpeza nos seus arredores.
O lugar é considerado místico e a Cruz de Ferro é um ponto mágico entre o céu e a terra.
No dia quatro de agosto do ano de 1998, a mesma foi derrubada segundo alguns pela segunda vez por ato de vandalismo, no entanto foi imediatamente recolocada pelos peregrinos que passavam pelo local comandados por Tomás, hospedeiro do albergue de Manjarín pertencente à Associação Circulo Templário de Ponferrada.
Sobre tal fato, temos o testemunho do peregrino Mário Luiz Campos Dias, brasileiro, radicado no Rio de Janeiro, que na oportunidade efetuava a sua peregrinação a Santiago de Compostela.
Na manhã do referido dia, Mário nosso peregrino acorda e após tomar o seu café no albergue de Rabanal del Camino, coloca sua mochila sobre os ombros e parte bem cedo em direção a Foncebadón, atravessa aquele pueblo abandonado um pouco apreensivo com a possível existência dos cachorros na região, seu coração acelera os batimentos cardíacos, não só motivado pela subida como pela tensão na espreita sobre os cães, consegue atravessar Foncebadón sem problemas, respira profundamente por mais uma etapa vencida. Olha em frente procurando com a vista sinais da Cruz de Ferro, não consegue localizá-la, acredita que ainda encontra-se longe, como é subida não consegue acelerar os passos, ao descortinar o monte de pedras sem a cruz, revolta-se, blasfema, larga a mochila no chão e corre para o topo a procura da mesma, grita, outros peregrinos que se aproximavam do local atende ao seu chamado. Nesse momento também se aproxima um outro grupo de peregrinos tendo a frente o hospedeiro Tomás que já tinha sido avisado, o mesmo acalma aquele brasileiro tenso e revoltado e partem em conjunto para efetuarem a recuperação da mesma, assim aquele brasileiro Mário, teve a ventura de dar a sua humilde e pequena contribuição na sua restauração. Em fotos por ele cedido, mostra a Cruz de Ferro entre as suas mãos antes de ser colocada novamente no seu suporte de madeira.Não podemos falar na Cruz de Ferro, sem abordarmos o antigo povoado de Foncebadón situado na sua proximidade e atualmente reduzido a tristes ruínas. Foncebadón era uma importante localidade existente no Caminho de Santiago, o seu nome aparece em vários documentos do século X. Naquele local, o eremita Gaucelmo por volta do ano 1123, construiu um hospital e um albergue para os peregrinos que passavam pelo penoso vale de Foncebadón. Existem documentos datados do ano de 1103, pelo qual Alfonso VI, a pedido do próprio Gaucelmo, concede imunidade à albergaria de Foncebadón e a igreja de San Salvador de Irago. Da documentação medieval existente, se depreende que houve ali um hospital, uma Igreja a de Santa Magdalena dependente do hospital e a já referida de San Salvador. Posteriormente, fixou-se na região uma comunidade de eremitas que passou a depender da Junta de Astorga, a qual criou a dignidade de Abade de Foncebadón, Apesar das ruínas do lugar, facilmente descobre-se à condição de local de peregrinação, ao passar-se pela rua do antigo povoado.
Apesar de Alfonso VI engrandecer o povoado dando foros e privilégios, os mesmos não foram suficientes para evitar que seus habitantes imigrassem em buscas de terras menos hostis.
Na proximidade de Foncebadón, a 1504 metros de altitude, levanta-se a Cruz de Ferro, um dos monumentos mais simples, porém um dos mais antigos e emblemáticos do Caminho. Sobre um montão de pedras se levanta uma pequena Cruz de Ferro, presa no alto de um tronco de madeira de uns 5 metros de altura. A mesma fica localizado sobre o temido monte Irago, que serviu de passagem aos antigos e famosos peregrinos como: Aymeric, Kunig von Vach, Arnold von Harff e Laffi.
Os romanos utilizavam o monte como divisa territorial e o chamava de “monte de Mercúrio”, era um marco divisório entre el Bierzo e a Maragatería. Posteriormente o eremita Gaucelmo, protetor dos peregrinos nesses locais difíceis, colocou uma cruz sobre esse morro para orientar os peregrinos nas épocas das grandes nevadas, cristianizando o ancestral monumento cujo sentido se perde na antigüidade escapando a nossa compreensão, pois, os romanos já anteriormente aquela época, tinha como tradição ao passar jogar uma pedra sobre o mesmo.
Segundo a lenda, a atual cruz de ferro substitui a primitiva, instalada pelo próprio Gaucelmo sobre um altar romano dedicado a Mercúrio, Deus patrono dos Caminhos. É quase o local mais alto da rota, o ponto máximo 1.517 metros, encontra-se localizado um pouco depois em baixo de uma antena de comunicações.
Sobre aquele monte os peregrinos seguindo a tradição, jogam uma pedra para pedir proteção em sua viagem, somando a uma tradição milenar que se perde com o tempo. Existe ao seu lado uma pequena ermida dedicada a Santiago levantada por ocasião do Ano Santo Compostelano de 1982, no entanto a mesma está mal conservada, bem como necessitando de limpeza nos seus arredores.
O lugar é considerado místico e a Cruz de Ferro é um ponto mágico entre o céu e a terra.
No dia quatro de agosto do ano de 1998, a mesma foi derrubada segundo alguns pela segunda vez por ato de vandalismo, no entanto foi imediatamente recolocada pelos peregrinos que passavam pelo local comandados por Tomás, hospedeiro do albergue de Manjarín pertencente à Associação Circulo Templário de Ponferrada.
Sobre tal fato, temos o testemunho do peregrino Mário Luiz Campos Dias, brasileiro, radicado no Rio de Janeiro, que na oportunidade efetuava a sua peregrinação a Santiago de Compostela.
Na manhã do referido dia, Mário nosso peregrino acorda e após tomar o seu café no albergue de Rabanal del Camino, coloca sua mochila sobre os ombros e parte bem cedo em direção a Foncebadón, atravessa aquele pueblo abandonado um pouco apreensivo com a possível existência dos cachorros na região, seu coração acelera os batimentos cardíacos, não só motivado pela subida como pela tensão na espreita sobre os cães, consegue atravessar Foncebadón sem problemas, respira profundamente por mais uma etapa vencida. Olha em frente procurando com a vista sinais da Cruz de Ferro, não consegue localizá-la, acredita que ainda encontra-se longe, como é subida não consegue acelerar os passos, ao descortinar o monte de pedras sem a cruz, revolta-se, blasfema, larga a mochila no chão e corre para o topo a procura da mesma, grita, outros peregrinos que se aproximavam do local atende ao seu chamado. Nesse momento também se aproxima um outro grupo de peregrinos tendo a frente o hospedeiro Tomás que já tinha sido avisado, o mesmo acalma aquele brasileiro tenso e revoltado e partem em conjunto para efetuarem a recuperação da mesma, assim aquele brasileiro Mário, teve a ventura de dar a sua humilde e pequena contribuição na sua restauração. Em fotos por ele cedido, mostra a Cruz de Ferro entre as suas mãos antes de ser colocada novamente no seu suporte de madeira.

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