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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Caminho de Santiago em 30 dias

Tomei o cuidado de colocar como pontos de chegada e partida, cidades ou povoados dotados de albergues de peregrinos. Este roteiro não deve ser levado ao pé da letra. Serve como uma fonte a mais para suas pesquisas.A definição de cada etapa em fácil, médio ou difícil é pessoal. Aconselho você pesquisar mais em outros sites ou livros. Recomendo um ótimo de dicas do Caminho: http://www.santiago.com.br

1ª Semana

1o dia: Roncesvalles - Zubiri (21,8 km - etapa fácil). Bucólicos bosques.

2o dia: Zubiri - Pamplona ( 21 km - fácil). Túneis verdes e chegada a uma grande cidade.

3o dia: Pamplona - Puenta la Reina ( 24 km - esforço médio, com uma subida forte). Nesta etapa, não deixe de desviar-se ligeiramente da Rota no povoado a partir do povoado de Muruzabal para conhecer a Igreja templária de Eunate.

4o dia: Puente la Reina - Estella (22,5 km - fácil). Nesta etapa, dois magníficos povoados medievais, Mañero e Ciruaque. Em Estella tem virado costume dos peregrinos brasileiros visitarem um abrigo de velhinhos, situado ao lado da Igreja de Santo Domingo, na parte mais alta da cidade. Fazer caridade também é trilhar o Caminho.

5o dia: Estella - Los Arcos (21 km - médio). Você pode não acreditar: há uma fonte que além de água, dá vinho (grátis) aos peregrinos na saída de Estella. Pouca vegetação e uma grande planície antes de chegar a Los Arcos, com o sol queimando o corpo e a alma.

6o dia: Los Arcos - Logroño (28 km - fácil). Não deixe de conhecer a igreja octogonal do Santo Sepulcro em Torres del Rio. Se ela estiver fechada, simplesmente pergunte pela senhora que guarda as chaves, que certamente aparecerá alguém para mostrá-la a você.

7o dia: Logroño - Nágera (30 km - etapa de esforço médio para difícil). Há uma planície solitária interminável.

2ª Semana

2ª Semana
8o dia: Nágera - Grañon (27km - médio). Passeio pelos campos. Curioso albergue de Grañon dentro de uma Igreja.

9o dia: Grañon - Belorado (16km - fácil).

10o dia: Belorado - San Juan de Ortega (24 km - médio). Algumas subidas. Não esqueça a água do cantil: você vai precisar!

11o dia: San Juan de Ortega - Burgos (28 km - médio). Nesta etapa, atravessamos toda a parte industrial de Burgos antes de chegar ao albergue, situado justo na saída da cidade. Na Catedral, imenso zimbório e túmulo de El Cid.

12o dia: Burgos - Arroyo San Bol (24km - fácil). Um passeio pelos campos.

13o dia: Arroyo San Bol - Castrogeriz (14km – fácil, extremamente fácil !!!). Um passeio.

14o dia: Castrogeriz - Frómista (25 - médio). Há só uma subida de 45 minutos logo após de Castrogeriz. Meia hora depois, no meio do nada, Ermida de San Nicolás, habilitada como albergue de peregrinos em alguns meses do ano (verão). Lá, é realizado pela Ordem de Malta (administradora do refúgio) antigos rituais de acolhida aos peregrinos hospedados. Em Frómista, igreja românica de San Martin: imperdível!

3ª Semana

15o dia: Frómista - Carrión de los Condes (19km - fácil). Pare no povoado de Villacázar de Sirga para conhecer a Igreja de Santa Maria la Blanca que também pertenceu – assim como todo o povoado – aos Templários.

16o dia: Carrión - Terradillos de los Templários (27km – difícil). Primeiros 17 quilômetros inteiramente desérticos através de campos cultivados. Leve bastante água no cantil!

17o dia: Terradillos - Burgo Raneiro (31 km - fácil para mediano). Monótono.

18o dia: Burgo Raneiro - León (38 km - médio). Em León, não perca a Igreja de San Isidoro com seus afrescos românicos e a Catedral com seus vitrais. No mais, usufrua de uma grande cidade com todos os serviços possíveis (lavanderias, cyber-cafés, bares, restaurantes etc...).

19o dia: León - Villadangos del Páramo (19km - fácil para médio)

20o dia: Villadangos - Astorga (26km – fácil para médio). Em Astorga, Catedral Gótica e Palácio de Gaudi.

21o dia: Astorga - Manjarin (30 km - de mediano para difícil). Há uma subida difícil ofuscada pela beleza da paisagem. Ao chegar na Cruz de Ferro (monte de pedras com um mastro de carvalho cumeado com uma cruz), é tradição você acrescentar uma pedra ao montículo.

4ª Semana

4ª Semana
22o dia: Manjarin - Molinaseca (20 km - fácil). Descida (cuidado com os joelhos). Piscinas naturais em Molinaseca.

23o dia: Molinaseca - Villafranca del Bierzo (31 km - fácil). Em Villafranca, há duas estalagens de peregrinos. Dê preferência ao albergue particular "Ave Fênix", de Jesus Jato. Neste refúgio, pela noite não perca o ritual da queimada.

24o dia: Villafranca - O Cebreiro (30 km - difícil). A maior subida do Caminho. Etapa realmente espinhosa...

25o dia: O Cebreiro - Monastério de Samos (27 km - médio). Etapa belíssima através dos bosques. Hospedagem na própria Abadia. Experimente o mel produzido pelos monges. Não perca as "visperas" (celebração íntima dos abades).

26o dia: Samos - Barbadelo (17km - fácil). Um mergulho na vida rural.

27o dia: Barbadelo - Gonzar (25km - fácil). Túneis verdes.

28o dia: Gonzar - Melide (31km - fácil). Em Melide, conheça uma "pulperia" (casa de degustação de polvos e vinhos). A melhor fica na rua principal do povoado que coincide com o Caminho.

29o dia: Melide - Arca (32km - fácil). Estamos chegando...

30o dia: Arca - Santiago de Compostela (20 km - fácil para o corpo, difícil para o coração). Assista a missa do peregrino na Catedral ao meio-dia. Emoção da chegada gratifica todo o esforço destes 30 dias.

Para Saber Mais

Para se fazer o Caminho de Santiago sem atropelos, aconselho uma boa pesquisa prévia. Aqui indico os meus preferidos (livros e sites):
Livros
Veloso, Guy. "Via Láctea - Pelos Caminhos de Santiago de Compostela". Ed. Tempo d'Imagens. 162 páginas.Ao contrário do primeiro, este livro conta a viagem de um jovem peregrino sob a ótica de uma "pessoa comum", ou seja, não ligada a qualquer seita ou ordem iniciática. Leitura rápida e envolvente. Um daqueles livros que você não larga até terminar a última página.
Gonzalo, Torrente. "Compostela y su Ángel". Ediciones Destino. Espanha. 252 páginas.Para quem lê em espanhol, um romance erudito.
Vários autores. "Guia del Camino de Santiago". Editora El País Aguilar (importado da Espanha).
Um guia para peregrinos com todos os mapas. Você pode encomendar em São Paulo - SP - Brasil, pelo fone (11)6950-5845.
Web Sites
As melhores dicas em português:http://www.santiago.com.br
Este é para quem se garante no inglês:http://www.humnet.ucla.edu/santiago/iagohome.html
Página Oficial do Governo de Galiza:http://www.xacobeo.es
Uma câmera Web apontada para a Catedral de Santiago de Compostela:http://www.crtvg.es/camweb/priobradoiro.html
Associação de Amigos do Caminho Santiago - Brasil:http://www.santiago.org.br

10 Dicas para o (futuro) Peregrino

Uma preparação física leve é recomendável.
A mochila não deve pesar mais de sete quilos.
As botas devem ser bem amaciadas antes.
Todo o cuidado com os pés é pouco.
Para hospedar-se nos albergues, você deve ter em mãos a credencial de peregrino. Solicite a sua na Associação (11 - 6959 6107).
No caminho, a rota está toda marcada por flechas amarelas pintadas em pedras, árvores etc. Em caso de dúvida, siga estes sinais. Eles são mais confiáveis que os mapas.
Leve do Brasil todos os medicamentos que possa necessitar.
Tome cuidado com o sol e o calor: chapéu, protetor solar e água no cantil.
Faça amigos. Mas não faça o caminho deles. Cada um caminha ao seu ritmo.
Siga com fé. E de cabeça fria. Santiago é logo ali...

O Caminho de Santiago de Compostela

Tiago, um pescador que vivia à margem do Lago Tiberíades, Filho de Zebeleu e Salomé, irmão de João (depois chamado "O Evangelista"), atendeu ao chamado de Jesus para ser um dos 12 apóstolos.

Depois dos eventos da morte e ressurreição de Cristo, São Tiago foi pregar na Galícia, extremo oeste da Espanha, então Província Romana. Retornando a Jerusalém, foi preso e decapitado. Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram o cadáver e o levaram de volta à Galícia de navio, sepultando-o secretamente em um bosque.

O lugar foi esquecido até que oito séculos depois, um ermitão chamado Pelágio observou chuvas de estrelas sobre um ponto no bosque. O bispo de Iria Flávia, Teodomiro, logo ordenou que fossem feitas escavações no lugar, encontrando os ossos do apóstolo Tiago.

A notícia se espalhou e pessoas começaram a deslocar-se para lá a fim de conhecer a tumba, originando-se o Caminho de Santiago de Compostela.

Afonso II de Astúrias mandou construir no mesmo local da grande descoberta uma singela capela de barro, pedra e madeira em honra ao Apóstolo Tiago, proclamado padroeiro e guardião de todo o seu reino. Em pouco tempo uma cidade levantava-se em torno daquele bosque, logo chamada de Compostela, etimologicamente derivado do latim Campus Stellae, ou seja, "Campo das Estrelas".

No ano de 899 Afonso III ergueu uma Basílica com colunas de mármore sobre o rústico templo edificado por seu pai. Oito anos depois, este santuário foi saqueado pelo rei árabe Almanzor que poupou, respeitosamente, as relíquias do apóstolo. Em 1075 foram iniciadas as obras da atual Catedral, cinco vezes maior que a anterior.

As peregrinações cresciam rapidamente: homens e mulheres reunidos em caravanas iam até a tumba apostólica cumprir promessas, redimir seus pecados, buscar raízes de religiões mortas ou simplesmente aventurar-se em uma terra distante. Outros mais faziam por delegação de terceiros que para isso o pagavam; cumpriam penas criminais; tão como os que iam somente para tirar proveito dos mais incautos (ladrões, vadios etc.).

Na Idade Média eram quatro as vias históricas que entravam na Península Ibérica pelos Pirineus, trazendo concheiros da França e dos mais remotos pontos da Europa: a Turonensis, que partia de Paris; a Limosina, de Vézelay; a Podenses, por Le Puy e a Tolosana, que coligava peregrinos em Arles.

As três primeiras penetravam na Espanha em Roncesvalles dando origem a Rota Navarra. A Tolosana, via Somport, chamada desde então Rota Aragonesa, até confluir com a primeira em Puente la Reina. Desde ali, embora com alguns desvios e ramais secundários, o Caminho é único, chamado de Real Francês. No século XIV, inicia um declive das peregrinações, que acentuou-se nos séculos seguintes. Até que no século XX, as pessoas "redescobriram" o Caminho. Nos dias de hoje, há mais de 30.000 pessoas viajando pelo norte da Espanha nas três formas autênticas de peregrinação: a pé, de bicicleta ou a cavalo.

Santiago de Compostela







No território que atualmente ocupa a catedral existia um povoado romano, que se tende a identificar como a mansão romana de Aseconia, que existiu entre a segunda metade do século I e o século V. O povoado desapareceu mas permaneceu uma necrópole que esteve em uso, provavelmente, até o século VII.O nascimento de Santiago, como se conhece agora, está ligada à descoberta (presumível) dos restos do Apóstolo Santiago entre 820 e 835, à elevação do nível religioso dos restos, à Universidade e, mais recente, à capitalidade da Galiza.
Segundo a tradição medieval, como aparece pela primeira vez na Concórdia de Antealtares (1077), o eremita Paio alertado por luzes noturnas, que se produziam no bosque de Libredão, avisou o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, que descobriu os restos de Santiago Maior e de dois dos seus discípulos, no lugar que posteriormente se levantaria Compostela, topônimo que poderia vir de Campus Stellae, isto é "campo de estrelas", ou mais provavelmente de Composita Tella, "terras bem ajeitadas", eufemismo de cemitério; ou mesmo "[Ja]Com[e A]postol[u]"). A descoberta propiciou que Afonso II das Astúrias, necessitado de coesão interna e apoio externo para o seu reino, fizera uma peregrinação que anunciou no interior do seu reino e no exterior, a um novo lugar de peregrinação da cristandade num momento em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém não era acessível por estar em poder dos muçulmanos.Pouco a pouco foi-se desenvolvendo a cidade, primeiro estabeleceu-se uma comunidade eclesiástica permanente a cargo dos restos atopados formada pelo bispo de Iria e os monges de San Paio de Antealtares, espontaneamente assentou-se uma população heterogênea, ainda que fundamentalmente estava formada por emigrantes procedentes das aldeias próximas, que foi aumentando à medida que se desenvolvia a peregrinação por razões religiosas por todo o ocidente peninsular, reforçado pelo privilégio concedido por Ordonho II no ano 915 pelo que se estabelecia que quem quer que permanecer quarenta dias sem ser reclamado como servo passava a ser considerado como um homem livre com direito a residir em Compostela. A cidade foi destruída por Al-Mansur em 10 de Agosto do ano 997, que tão só respeitou a sepultura do apóstolo. Após a volta dos habitantes começou a reconstrução, o bispo Cresconio, a meados do século XI, dotou a cidade dum cinto de fossas e uma muralha como medida defensiva.No ano 1075 deu-se início à construção da catedral românica refletindo, de imediato, no aumento da peregrinação à Compostela, definindo-a como um lugar de referência religiosa na Europa. Com esse aumento, sua importância, que se vê recompensada também politicamente, tornando-a, na época do Arcebispo Xelmírez, à categoria de metropolitana compostelana (1120). Entre os séculos XII e XIII foi-se artilhando a rede de ruas dentro do recinto amuralhado. A chegada da Peste Negra à cidade seguido de uma forte recessão demográfica, a partir de 1380 recuperou a população e no século XV tinha entre 4.000 e 5.000 habitantes.
A fundação da Universidade no século XVI dá-lhe um novo impulso à atração de Santiago, em particular na Galiza, a qual continuará tendo ainda apesar da descida relativa da importância da cidade.
O estabelecimento da autonomia da Galiza fixado pela capital galega, obtendo como consequência um novo pulo no fim do século XX que contrastou amplamente a descida relativa da importância como cidade universitária ao criarem-se as universidades de Vigo e Corunha.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

LENDAS E CURIOSIDADES DO CAMINHO

Ao longo do Caminho de Santiago de Compostela, verificamos que o mesmo está eivado de “Lendas”, umas alegres e outras tristes, algumas vezes ao lermos, ficamos no limiar da duvida entre a realidade, a história e a ficção, pois, com o passar das centenas de anos, algumas sofreram mutações ao sabor dos seus contistas.
A mesma coisa podemos dizer a respeito das “Curiosidades” existentes ao longo do mesmo. Aproveitamos e vamos efetuar uma peregrinação diferente no Caminho de Santiago de Compostela pela Rota Francesa. Escolhemos dentre as centenas existentes, 12 LENDAS e 12 CURIOSIDADES e procuramos traze-las para conhecimento daqueles que se interessam por esses fatos existentes ao longo da Rota em direção ao túmulo do Apóstolo Tiago, o primeiro Apóstolo a derramar seu sangue por Cristo, ao ser decapitado no dia 25 de julho em Cesaréia, do ano 44 da era Cristã, por ordem de Herodes Agripa I, neto de Herodes “o grande”, senhor da Palestina, rei da Judéia.

OS CRUCIFIXOS





OS CRUCIFIXOS
Não podemos deixar de registrar como Curiosidade do Caminho de Santiago de Compostela, duas imagens de Cristo crucificado, diferente da tradicional formação em Cruz.
A primeira imagem encontra-se na cidade de Puente la Reina, localizada na Igreja de Santa Maria de las Huertas, hoje conhecida como “Igreja Del Cricifijo” de fundação Templária, situada na Calle Mayor.
Nela encontramos uma magnífica talha de um crucifixo renano, do século XIV, o corpo de Cristo repousa sobre uma curiosa cruz em forma de uma arvore a semelhança de um Y com a parte central elevada até a altura dos braços. A mesma, segundo consta, foi doado por um peregrino de origem germânica. A cintura de Cristo esta situada no entroncamento das hastes laterais, seus braços estão levantados e as suas mãos e pés estão presos à mesma através cravos, sua cabeça pende levemente sobre o peito.
O crucifixo na Igreja de Santade las Huertas
Vejamos as informações que nos forneceu os PP. REPARADORES de Puente la Reina – Navarra.
“Neste crucifixo convergem dois vigorosos movimentos estilísticos europeus, um alemão e outro italiano, tão perfeitamente assimilado que, por cima de uma síntese escultoria, se impõe às mãos extraordinária de um maduro gênio”.
“A cruz em forma de Y imita uma arvore sem descascar, conservando a estrutura do tronco despojado de suas ramas. Este tipo de cruz se repete freqüentemente na Itália e na Alemanha, com diversas variantes da cruz natural formada por uma haste central”:
1º. Braços laterais curvos que brotam da parte de baixo;2º. Braços laterais saindo da altura do abdômen de Cristo;3º. Braços laterais curvos que saem acima do costado, e;4º. Braços quase horizontais.
“A Cruz que estamos contemplando pertence ao segundo grupo, como os crucifixos de Colônia, Andernach, Pedeborn e Brunn na Alemanha e Orvieto e Spalato na Itália”.
“Esta forma de cruz é mais abundante na Alemanha do que na Itália, em troca, com as laterais a uma maior altura parece característico da Itália. Esta imagem que está representada na Cruz está mais dentro do estilo germânico”.
“A Cruz de estrutura natural, a ser considerada como arvore da vida, está patente na liturgia da Sexta Feira Santa e da Santa Cruz: “Señor, que hás puesto la salvación del gênero humano em el árbol de la cruz”, “Oh Cruz, el más noble de todos los árboles”.
“Da cruz passamos ao Crucificado. A influencia da corrente artística italiana é patente e se personaliza no genial sienés de G. Pisano. Suas obras se podem admirar em Pistoia, Pisa, Prado, Museus de Londres e Berlim e sobre todo o Siena. A disposição dos pés, os rasgos faciais, certas caracteres anatômicos são similares, porém não idênticos aos que G. Pisano imprime a suas obras. Como o Cristo de Siena, em Punte la Reina, que estás contemplando, dirige a metade inferior do corpo em direção a sua esquerda e a cabeça em sentido contrário. É uma feliz obtenção de posição que supera a monotonia de outras esculturas do Crucificado e da a este uma harmonia e mobilidade admirável”.
“Por isso, para contemplarmos devidamente ou se quisermos tirar uma fotografia perfeita, não devemos situar nas laterais, senão o rosto e as pernas saltarão para frente e o conjunto da escultura ficara destorcido. Devemos nos colocar em frente à mesma e a imagem nos dará uma visão harmônica”.
“Este crucifixo, sem duvida, une a tendência artística italiana com outra de ascendência Germânica manifestada em diversos detalhes. Em definitivo, o que vemos são formas anatômicas diretamente derivadas, junto a exaltação dramática da iconografia italiana e das tendências dolorosas germânicas“.
ARTIFICE, ESTUDOS, DATA, VOCAÇÃO.
“Quem foi o extraordinário artista que, por cima de síntese escultórica que une as duas correntes, supôs criar uma obra mestra de um maduro gênio? Sua obra permanece hoje para a admiração e sobre tudo, para a contemplação e a devoção dos crentes”.
Não podemos aqui deixar de mencionar a Dra. A. Franco Mata, Diretora Conservadora da Seção Medieval Cristã do Museu Arqueológico Nacional a quem devemos exaustivos estudos sobre este Crucifixo de Punte la Reina.
O Cristo da Igreja de San Juan de Furelas
Hoje não é possível dar uma data aproximada da realização desta extraordinária obra escultórica. Acredita-se ter sido anterior ao ano de 1328, supõe-se que foi talhado aproximadamente um século antes. Porque, em 24 de junho de 1328, se formula em um testamento, uma manda da obra do Crucifixo em Santa Maria de Ortz. Este testamento felizmente foi achado nos arquivos da Casa Martija em Punte la Reina”.
Esta Imagem não tem um nome particular, desde a descoberta do documento de 1328, é chamada de “Crucifixo”, “Santo Crucifixo”, “o Crucifixo”.
A outra imagem de Cristo crucificado, encontra-se no pueblo de Furela, na Igreja Paroquial de San Juan de Furelas, é uma obra do escultor Cajide, Natural de Furela, possui uma característica muito peculiar, pois aparece com o braço direito caído, estendido em direção para baixo, ao longo do corpo e o braço esquerdo pregado apontando em direção para cima em sinal de mediador entre Cristo e os homens, sua cabeça esta ligeiramente tombada para a direita.
Pregada por traz da Cruz, encontramos como se fosse um esplendor de raios procurando dar a imagem uma maior luminosidade, os seus pés sobrepostos estão presos à cruz através cravos, a sua mão direita tombada, encontra-se marcada com o sinal do cravo como se o referido braço fosse posteriormente retirado da sua posição original, como detalhes outros, encontramos os seus joelhos esfolados e a marca do ferimento da lança em seu peito direito.
A referida Cruz encontra-se situada em um pequeno altar, em madeira, contendo uma pequena cobertura talhada e sobre a mesma uma sucessão de pequenas estrelas representativas.Não podemos deixar de registrar como Curiosidade do Caminho de Santiago de Compostela, duas imagens de Cristo crucificado, diferente da tradicional formação em Cruz.
A primeira imagem encontra-se na cidade de Puente la Reina, localizada na Igreja de Santa Maria de las Huertas, hoje conhecida como “Igreja Del Cricifijo” de fundação Templária, situada na Calle Mayor.
Nela encontramos uma magnífica talha de um crucifixo renano, do século XIV, o corpo de Cristo repousa sobre uma curiosa cruz em forma de uma arvore a semelhança de um Y com a parte central elevada até a altura dos braços. A mesma, segundo consta, foi doado por um peregrino de origem germânica. A cintura de Cristo esta situada no entroncamento das hastes laterais, seus braços estão levantados e as suas mãos e pés estão presos à mesma através cravos, sua cabeça pende levemente sobre o peito.
O crucifixo na Igreja de Santade las Huertas
Vejamos as informações que nos forneceu os PP. REPARADORES de Puente la Reina – Navarra.
“Neste crucifixo convergem dois vigorosos movimentos estilísticos europeus, um alemão e outro italiano, tão perfeitamente assimilado que, por cima de uma síntese escultoria, se impõe às mãos extraordinária de um maduro gênio”.
“A cruz em forma de Y imita uma arvore sem descascar, conservando a estrutura do tronco despojado de suas ramas. Este tipo de cruz se repete freqüentemente na Itália e na Alemanha, com diversas variantes da cruz natural formada por uma haste central”:
1º. Braços laterais curvos que brotam da parte de baixo;2º. Braços laterais saindo da altura do abdômen de Cristo;3º. Braços laterais curvos que saem acima do costado, e;4º. Braços quase horizontais.
“A Cruz que estamos contemplando pertence ao segundo grupo, como os crucifixos de Colônia, Andernach, Pedeborn e Brunn na Alemanha e Orvieto e Spalato na Itália”.
“Esta forma de cruz é mais abundante na Alemanha do que na Itália, em troca, com as laterais a uma maior altura parece característico da Itália. Esta imagem que está representada na Cruz está mais dentro do estilo germânico”.
“A Cruz de estrutura natural, a ser considerada como arvore da vida, está patente na liturgia da Sexta Feira Santa e da Santa Cruz: “Señor, que hás puesto la salvación del gênero humano em el árbol de la cruz”, “Oh Cruz, el más noble de todos los árboles”.
“Da cruz passamos ao Crucificado. A influencia da corrente artística italiana é patente e se personaliza no genial sienés de G. Pisano. Suas obras se podem admirar em Pistoia, Pisa, Prado, Museus de Londres e Berlim e sobre todo o Siena. A disposição dos pés, os rasgos faciais, certas caracteres anatômicos são similares, porém não idênticos aos que G. Pisano imprime a suas obras. Como o Cristo de Siena, em Punte la Reina, que estás contemplando, dirige a metade inferior do corpo em direção a sua esquerda e a cabeça em sentido contrário. É uma feliz obtenção de posição que supera a monotonia de outras esculturas do Crucificado e da a este uma harmonia e mobilidade admirável”.
“Por isso, para contemplarmos devidamente ou se quisermos tirar uma fotografia perfeita, não devemos situar nas laterais, senão o rosto e as pernas saltarão para frente e o conjunto da escultura ficara destorcido. Devemos nos colocar em frente à mesma e a imagem nos dará uma visão harmônica”.
“Este crucifixo, sem duvida, une a tendência artística italiana com outra de ascendência Germânica manifestada em diversos detalhes. Em definitivo, o que vemos são formas anatômicas diretamente derivadas, junto a exaltação dramática da iconografia italiana e das tendências dolorosas germânicas“.
ARTIFICE, ESTUDOS, DATA, VOCAÇÃO.
“Quem foi o extraordinário artista que, por cima de síntese escultórica que une as duas correntes, supôs criar uma obra mestra de um maduro gênio? Sua obra permanece hoje para a admiração e sobre tudo, para a contemplação e a devoção dos crentes”.
Não podemos aqui deixar de mencionar a Dra. A. Franco Mata, Diretora Conservadora da Seção Medieval Cristã do Museu Arqueológico Nacional a quem devemos exaustivos estudos sobre este Crucifixo de Punte la Reina.
O Cristo da Igreja de San Juan de Furelas
Hoje não é possível dar uma data aproximada da realização desta extraordinária obra escultórica. Acredita-se ter sido anterior ao ano de 1328, supõe-se que foi talhado aproximadamente um século antes. Porque, em 24 de junho de 1328, se formula em um testamento, uma manda da obra do Crucifixo em Santa Maria de Ortz. Este testamento felizmente foi achado nos arquivos da Casa Martija em Punte la Reina”.
Esta Imagem não tem um nome particular, desde a descoberta do documento de 1328, é chamada de “Crucifixo”, “Santo Crucifixo”, “o Crucifixo”.
A outra imagem de Cristo crucificado, encontra-se no pueblo de Furela, na Igreja Paroquial de San Juan de Furelas, é uma obra do escultor Cajide, Natural de Furela, possui uma característica muito peculiar, pois aparece com o braço direito caído, estendido em direção para baixo, ao longo do corpo e o braço esquerdo pregado apontando em direção para cima em sinal de mediador entre Cristo e os homens, sua cabeça esta ligeiramente tombada para a direita.
Pregada por traz da Cruz, encontramos como se fosse um esplendor de raios procurando dar a imagem uma maior luminosidade, os seus pés sobrepostos estão presos à cruz através cravos, a sua mão direita tombada, encontra-se marcada com o sinal do cravo como se o referido braço fosse posteriormente retirado da sua posição original, como detalhes outros, encontramos os seus joelhos esfolados e a marca do ferimento da lança em seu peito direito.
A referida Cruz encontra-se situada em um pequeno altar, em madeira, contendo uma pequena cobertura talhada e sobre a mesma uma sucessão de pequenas estrelas representativas.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

LAS MÉDULAS

LAS MÉDULAS
Perto da cidade de Ponferrada, existe um local conhecido como “Las Médulas”, fica um pouco fora do Caminho de Santiago, no entanto vale a pena o peregrino desviar-se de sua rota para conhecê-lo, a primeira vista parece um impressionante esqueleto de uma montanha que teve uma erosão natural como a do Grand Canyon.
Trata-se de uma antiga mina de ouro descoberta e explorada pelos romanos nos séculos I e II. Para extrair todo aquele aluvião aurífero, eles solaparam estas encostas com denodo e argúcia, utilizando muita água, cavaram dezenas de galerias e poços aonde em seguida eram lançada a água que chegava àquela localidade através dos canais construídos desde o rio Cabrera, após o desmantelamento da montanha, procedia-se a lavagem da terra, bateando-a para a obtenção do ouro.
Las Médulas
Utilizando tal procedimento, quando o ouro acabou, o que restou mais parece uma paisagem lunar, bonita para determinados gostos, mas artificial.
Para chegarmos a “Las Médulas”, podemos sair de Ponferrada pela carretera N - VI, no sentido de la Coruña e virar a esquerda pegando a carretera N - 536, logo depois da Nave de Inspeción e em seguida rumar para Carracedelo.
Por decisão do Comitê Internacional da Unesco, tomada no dia quatro de dezembro de 1997, em Nápoles, acordou-se incluir “Las Médulas” na lista de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Perto da cidade de Ponferrada, existe um local conhecido como “Las Médulas”, fica um pouco fora do Caminho de Santiago, no entanto vale a pena o peregrino desviar-se de sua rota para conhecê-lo, a primeira vista parece um impressionante esqueleto de uma montanha que teve uma erosão natural como a do Grand Canyon.
Trata-se de uma antiga mina de ouro descoberta e explorada pelos romanos nos séculos I e II. Para extrair todo aquele aluvião aurífero, eles solaparam estas encostas com denodo e argúcia, utilizando muita água, cavaram dezenas de galerias e poços aonde em seguida eram lançada a água que chegava àquela localidade através dos canais construídos desde o rio Cabrera, após o desmantelamento da montanha, procedia-se a lavagem da terra, bateando-a para a obtenção do ouro.
Las Médulas
Utilizando tal procedimento, quando o ouro acabou, o que restou mais parece uma paisagem lunar, bonita para determinados gostos, mas artificial.
Para chegarmos a “Las Médulas”, podemos sair de Ponferrada pela carretera N - VI, no sentido de la Coruña e virar a esquerda pegando a carretera N - 536, logo depois da Nave de Inspeción e em seguida rumar para Carracedelo.
Por decisão do Comitê Internacional da Unesco, tomada no dia quatro de dezembro de 1997, em Nápoles, acordou-se incluir “Las Médulas” na lista de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

O VALE DO SILÊNCIO

O VALE DO SILÊNCIO
O Vale do Silêncio esta situado entre o pueblo de El Acebo e Ponferrada, ao lado esquerdo do caminho percorrido pelos peregrinos em direção a Santiago de Compostela, quase paralela a rota, no entanto postando-se entre 5 a 15 quilômetros de distancia. A sua primeira entrada está situada à aproximadamente um quilômetro depois de El Acebo, na sua proximidade existe um modesto monumento em memória a Heinrich Krause, peregrino alemão, que morreu naquele local quando peregrinava de bicicleta para Compostela. Um desvio de cinco quilômetros em pronunciado declive, leva o peregrino a conhecer o pueblo e a antiquíssima ferraria de “Compludo”.
Nesse pitoresco e habitado pueblo, foi o local onde San Fructuoso, no século VII, fundou o seu primeiro cenóbio, consagrado aos Santos Justos e Pastor, nesse local escondido e quase inacessível, porém idílico, chamado de “Tebaida berciana”, deu origem a uma numerosa cadeia de monastérios povoando a região de El Bierzo.
O autor próximo à entrada do Vale
Antes de o peregrino chegar ao pueblo, o mesmo passa pela ferraria situada na intercepção dos arroios Minuelos e Miera, chega-se à mesma por um longo trecho que bordeja o rio, rodeado de pequenos bosques, montes baixos e vários filetes d’água que serpenteando cortam o caminho.
O local por onde se passa, possui uma paisagem de grande beleza e ao percorrermos notamos um profundo silêncio (donde vem o seu nome), que apenas é rompido durante o verão pela passagem de alguns peregrinos que se desviam do Caminho para conhecer o encanto daquele local.
Monumento nacional desde 1968, a ferraria é a única que atualmente encontra-se em atividade na região. Durante o horário em que está funcionando, podemos ver a movimentação do pilão tal qual uma bigorna que golpeia com fragor o metal, graças a uma engenhosa engrenagem de madeira movida pela força da água cujas origens remontam a tempos imemoriais.
Ferraria em Compludo
Continuando o caminho, o peregrino que ruma em direção a Molinaseca (outro local de acesso ao Vale), vai cada vez mais adentrando ao Vale do Silencio, ira verificar um número grande de grutas que serviam de moradas aos anacoretas que buscavam a paz espiritual. Diz-se que foram mais de 2000 os monges que habitavam aquele lugar. Refugiados nestes montes durante a época visigoda, constituíram o que se chama “Tebaida leonesa”, que vieram posteriormente a adquirir um novo esplendor durante o século X, na época das peregrinações jacobeas.
Nas proximidades de Ponferrada (outro local de acesso ao Vale do Silencio ou Vale de Valdueza), encontram-se a Igreja de Santiago de Peñalba, construída no estilo mozárabe, jóia do prerománico espanhol; a Igreja de Santo Tomás de las Ollas, do mesmo estilo; a de Santa María de Vizbayo; bem como a impressionante Abadia em ruínas de San Pedro de Montes, fundada por San Fructuoso no século VII, restaurada por San Genadio em 895, a mesma era artisticamente ativa até a lei da Desamortização.
Andando por essas passagens de surpreendente beleza, o peregrino chega a Ponferrada passando pelos pueblos de San Esteban, Valdefrancos e San Clemente, encaixados no interior do Vale, possuindo uma curiosa arquitetura rural.O Vale do Silêncio esta situado entre o pueblo de El Acebo e Ponferrada, ao lado esquerdo do caminho percorrido pelos peregrinos em direção a Santiago de Compostela, quase paralela a rota, no entanto postando-se entre 5 a 15 quilômetros de distancia. A sua primeira entrada está situada à aproximadamente um quilômetro depois de El Acebo, na sua proximidade existe um modesto monumento em memória a Heinrich Krause, peregrino alemão, que morreu naquele local quando peregrinava de bicicleta para Compostela. Um desvio de cinco quilômetros em pronunciado declive, leva o peregrino a conhecer o pueblo e a antiquíssima ferraria de “Compludo”.
Nesse pitoresco e habitado pueblo, foi o local onde San Fructuoso, no século VII, fundou o seu primeiro cenóbio, consagrado aos Santos Justos e Pastor, nesse local escondido e quase inacessível, porém idílico, chamado de “Tebaida berciana”, deu origem a uma numerosa cadeia de monastérios povoando a região de El Bierzo.
O autor próximo à entrada do Vale
Antes de o peregrino chegar ao pueblo, o mesmo passa pela ferraria situada na intercepção dos arroios Minuelos e Miera, chega-se à mesma por um longo trecho que bordeja o rio, rodeado de pequenos bosques, montes baixos e vários filetes d’água que serpenteando cortam o caminho.
O local por onde se passa, possui uma paisagem de grande beleza e ao percorrermos notamos um profundo silêncio (donde vem o seu nome), que apenas é rompido durante o verão pela passagem de alguns peregrinos que se desviam do Caminho para conhecer o encanto daquele local.
Monumento nacional desde 1968, a ferraria é a única que atualmente encontra-se em atividade na região. Durante o horário em que está funcionando, podemos ver a movimentação do pilão tal qual uma bigorna que golpeia com fragor o metal, graças a uma engenhosa engrenagem de madeira movida pela força da água cujas origens remontam a tempos imemoriais.
Ferraria em Compludo
Continuando o caminho, o peregrino que ruma em direção a Molinaseca (outro local de acesso ao Vale), vai cada vez mais adentrando ao Vale do Silencio, ira verificar um número grande de grutas que serviam de moradas aos anacoretas que buscavam a paz espiritual. Diz-se que foram mais de 2000 os monges que habitavam aquele lugar. Refugiados nestes montes durante a época visigoda, constituíram o que se chama “Tebaida leonesa”, que vieram posteriormente a adquirir um novo esplendor durante o século X, na época das peregrinações jacobeas.
Nas proximidades de Ponferrada (outro local de acesso ao Vale do Silencio ou Vale de Valdueza), encontram-se a Igreja de Santiago de Peñalba, construída no estilo mozárabe, jóia do prerománico espanhol; a Igreja de Santo Tomás de las Ollas, do mesmo estilo; a de Santa María de Vizbayo; bem como a impressionante Abadia em ruínas de San Pedro de Montes, fundada por San Fructuoso no século VII, restaurada por San Genadio em 895, a mesma era artisticamente ativa até a lei da Desamortização.
Andando por essas passagens de surpreendente beleza, o peregrino chega a Ponferrada passando pelos pueblos de San Esteban, Valdefrancos e San Clemente, encaixados no interior do Vale, possuindo uma curiosa arquitetura rural.

A LENDA DOURADA

A LENDA DOURADA
Ao passar em frente à Igreja de São Domingo em Pamplona, a decoração de vieiras que aparecem sobre a fachada composta no séc. XVII nos faz recordar a peregrinação. A construção dominicana da mesma realizou-se no lugar onde existia um templo dedicado a Santiago, cuja tradição, remonta sua origem a uma construção de Carlos Magno. Esta circunstância obriga aos dominicanos a manter o templo sob a devoção Jacobea. Edificado no séc. XVI possui um retábulo maior no qual se encontra a imagem do titular, realizado em 1574 por Pierres Picart e frei Juan de Beauves, também representa a história do peregrino que recuperou o burro que necessitava para prosseguir sua viagem, graças a intervenção de Santiago.
O milagre que aparece referido no “Líber Sancti Jacobi”, é assim narrado por Jacobo de la Vorágine em seu “Celebre Leyenda Dorada”.
No ano de 1100 da nossa era, um francês, sua esposa e filhos empreenderam uma peregrinação a Compostela movidos por um duplo desejo: o de visitar o sepulcro do Apóstolo Santiago e o de fugir de uma epidemia que estava causando enorme mortandade entre as gentes de seu país. Ao passar por Pamplona, se hospedaram em uma estalagem e nela sofreram várias calamidades: faleceu a esposa e o estalajadeiro roubou do marido todo o dinheiro que levava consigo e até o jumento que servia de cavalgadura para os seus filhos. Apesar de todos os infortúnios, o pobre francês reiniciou a sua peregrinação muito penosamente, tendo que caminhar com alguns de seus filhos carregados sobre seus ombros e os outros seguros pelas suas mãos.
Em certo lugar do caminho um homem que ia montado em um burro o alcançou, e ao vê-lo tão encurvado e cansado, se compadeceu dele, acudiu em seu socorro e lhe emprestou o animal para que os meninos pudessem prosseguir sua viagem mais comodamente. Deste modo o francês e seus filhos conseguiram chegar a Santiago. Acabado de chegar, estando o francês orando ante o sepulcro do Santo, este se lhe aparece e pergunta:- Me conheces?O francês respondeu que não. Então o aparecido o disse:- Eu sou o Apóstolo Santiago, fui eu que sob o aspecto de homem aquele que encontraste no caminho te emprestou o burro para que pudesses chegar até aqui e te empresto novamente para que possa regressar a tua casa comodamente. Continuando informou: ao passar por Pamplona o estalajadeiro que ti roubou, sairá na rua, e na soleira de sua estalagem, se matará e tu recuperaras tudo quanto lhe tirou.
O anuncio do Apóstolo se cumpriu exatamente em todos os seus pontos. Contente e feliz chegou o francês a sua terra e a sua casa e, no mesmo momento que apeou os seus filhos do jumento, este repentinamente desapareceu.Ao passar em frente à Igreja de São Domingo em Pamplona, a decoração de vieiras que aparecem sobre a fachada composta no séc. XVII nos faz recordar a peregrinação. A construção dominicana da mesma realizou-se no lugar onde existia um templo dedicado a Santiago, cuja tradição, remonta sua origem a uma construção de Carlos Magno. Esta circunstância obriga aos dominicanos a manter o templo sob a devoção Jacobea. Edificado no séc. XVI possui um retábulo maior no qual se encontra a imagem do titular, realizado em 1574 por Pierres Picart e frei Juan de Beauves, também representa a história do peregrino que recuperou o burro que necessitava para prosseguir sua viagem, graças a intervenção de Santiago.
O milagre que aparece referido no “Líber Sancti Jacobi”, é assim narrado por Jacobo de la Vorágine em seu “Celebre Leyenda Dorada”.
No ano de 1100 da nossa era, um francês, sua esposa e filhos empreenderam uma peregrinação a Compostela movidos por um duplo desejo: o de visitar o sepulcro do Apóstolo Santiago e o de fugir de uma epidemia que estava causando enorme mortandade entre as gentes de seu país. Ao passar por Pamplona, se hospedaram em uma estalagem e nela sofreram várias calamidades: faleceu a esposa e o estalajadeiro roubou do marido todo o dinheiro que levava consigo e até o jumento que servia de cavalgadura para os seus filhos. Apesar de todos os infortúnios, o pobre francês reiniciou a sua peregrinação muito penosamente, tendo que caminhar com alguns de seus filhos carregados sobre seus ombros e os outros seguros pelas suas mãos.
Em certo lugar do caminho um homem que ia montado em um burro o alcançou, e ao vê-lo tão encurvado e cansado, se compadeceu dele, acudiu em seu socorro e lhe emprestou o animal para que os meninos pudessem prosseguir sua viagem mais comodamente. Deste modo o francês e seus filhos conseguiram chegar a Santiago. Acabado de chegar, estando o francês orando ante o sepulcro do Santo, este se lhe aparece e pergunta:- Me conheces?O francês respondeu que não. Então o aparecido o disse:- Eu sou o Apóstolo Santiago, fui eu que sob o aspecto de homem aquele que encontraste no caminho te emprestou o burro para que pudesses chegar até aqui e te empresto novamente para que possa regressar a tua casa comodamente. Continuando informou: ao passar por Pamplona o estalajadeiro que ti roubou, sairá na rua, e na soleira de sua estalagem, se matará e tu recuperaras tudo quanto lhe tirou.
O anuncio do Apóstolo se cumpriu exatamente em todos os seus pontos. Contente e feliz chegou o francês a sua terra e a sua casa e, no mesmo momento que apeou os seus filhos do jumento, este repentinamente desapareceu.Ao passar em frente à Igreja de São Domingo em Pamplona, a decoração de vieiras que aparecem sobre a fachada composta no séc. XVII nos faz recordar a peregrinação. A construção dominicana da mesma realizou-se no lugar onde existia um templo dedicado a Santiago, cuja tradição, remonta sua origem a uma construção de Carlos Magno. Esta circunstância obriga aos dominicanos a manter o templo sob a devoção Jacobea. Edificado no séc. XVI possui um retábulo maior no qual se encontra a imagem do titular, realizado em 1574 por Pierres Picart e frei Juan de Beauves, também representa a história do peregrino que recuperou o burro que necessitava para prosseguir sua viagem, graças a intervenção de Santiago.
O milagre que aparece referido no “Líber Sancti Jacobi”, é assim narrado por Jacobo de la Vorágine em seu “Celebre Leyenda Dorada”.
No ano de 1100 da nossa era, um francês, sua esposa e filhos empreenderam uma peregrinação a Compostela movidos por um duplo desejo: o de visitar o sepulcro do Apóstolo Santiago e o de fugir de uma epidemia que estava causando enorme mortandade entre as gentes de seu país. Ao passar por Pamplona, se hospedaram em uma estalagem e nela sofreram várias calamidades: faleceu a esposa e o estalajadeiro roubou do marido todo o dinheiro que levava consigo e até o jumento que servia de cavalgadura para os seus filhos. Apesar de todos os infortúnios, o pobre francês reiniciou a sua peregrinação muito penosamente, tendo que caminhar com alguns de seus filhos carregados sobre seus ombros e os outros seguros pelas suas mãos.
Em certo lugar do caminho um homem que ia montado em um burro o alcançou, e ao vê-lo tão encurvado e cansado, se compadeceu dele, acudiu em seu socorro e lhe emprestou o animal para que os meninos pudessem prosseguir sua viagem mais comodamente. Deste modo o francês e seus filhos conseguiram chegar a Santiago. Acabado de chegar, estando o francês orando ante o sepulcro do Santo, este se lhe aparece e pergunta:- Me conheces?O francês respondeu que não. Então o aparecido o disse:- Eu sou o Apóstolo Santiago, fui eu que sob o aspecto de homem aquele que encontraste no caminho te emprestou o burro para que pudesses chegar até aqui e te empresto novamente para que possa regressar a tua casa comodamente. Continuando informou: ao passar por Pamplona o estalajadeiro que ti roubou, sairá na rua, e na soleira de sua estalagem, se matará e tu recuperaras tudo quanto lhe tirou.
O anuncio do Apóstolo se cumpriu exatamente em todos os seus pontos. Contente e feliz chegou o francês a sua terra e a sua casa e, no mesmo momento que apeou os seus filhos do jumento, este repentinamente desapareceu.

O CASTELO DE PONFERRADA




O CASTELO DE PONFERRADA
O Castelo de Ponferrada é um dos maiores símbolos do Caminho. Por sua posição estratégica, Ponferrada logo mostrou a necessidade da existência de um poderoso castelo para controlar a passagem e a guarda de possíveis assaltos.
A grandiosa obra foi construída em um local proeminente, às margens do rio Sil, nos finais do século XII e XIII por iniciativa dos monges-soldados da Ordem dos Templários, sofreu reformas no século XIV e posteriormente em 1924, fazendo deste lugar uma de suas mais importante base da Espanha. Encontra-se muito bem conservado.
Originalmente foi uma cidadela romana em cujas ruínas os Templários aproveitaram para erigir a fortaleza que protege a cidade. Notamos que naquele tempo os romanos já visavam àquele local como um ponto privilegiado e estratégico.
Foi habitado pelos Templários desde 1178 até a dissolução da Ordem em 1312. Todo ele é um criptograma em pedra repleto de signos, símbolos e vinculações astronômicas que fazem o delírio de muitos amantes dos Templários e dos seus ritos de iniciação.
Castelo de Ponferrada
Após a dissolução da Ordem, Alfonso XI, por doação, passou em 1340 o seu domínio aos condes de Lemos que ficou com o seu domínio durante sete anos, retornando em seguida para as mãos dos Cavalheiros do Templo. A sua entrada principal é adornada de duas pequenas torres que para acessá-la é necessário transpor uma ponte que antigamente era de madeira e levadiça;
A região de El Bierzo deve ter tido para os Templários uma grande importância, pois além de estar na via Telúrica por onde passa o Caminho de Santiago, permitindo a proteção aos peregrinos, os Templários deveriam ver aquela região por outros motivos, pois deixou muitas recordações na sua passagem, seguramente não foi só pela abundância da pesca nos seus rios, tão necessária para a sua alimentação e pelas riquezas de suas jazidas minerais, principalmente o ferro tão necessário para a fabricação de suas armas, e o ouro. Sabe-se que os Templários exploraram em muitas ocasiões as jazidas de ouro que haviam sido trabalhadas pelos romanos. Mas apesar de tudo, acreditamos que a região de El Bierzo teve uma importância para os Templários por outras razões.
É lógico pensar, que o importante para eles não foi só a construção do Castelo de Ponferrada, pois, pelas dimensões que lhe deram e pela grande quantidade de sinais que o rodeiam, segundo esse raciocínio, podemos perguntar:
- O que guardavam nele?- Para o trabalho que exercia no local não poderiam construir um com outras dimensões, diremos menores?- Porque construíram em Ponferrada um com aquelas dimensões? Era só por motivos estratégicos e a sua proximidade com as minas de ouro, “La Médula” exploradas pelos romanos?
Não conseguimos levantar dados de ter os Templários construído uma outra fortaleza com mais de 10.000 metros quadrados como esta. Fulcanelli informa em suas “Moradas Filosofales”: “El Santo Grial estaba custodiado por doce Templarios, estes doce custodios recuerdan los signos del Zodiaco”.
Segundo alguns historiadores, acredita-se que a Ordem resgatou dos subterrâneos das ruínas do Templo de Jerusalém, a “Arca da Aliança” e que depois desta missão reuniram-se no Concílio Ecumênico de Troyes em 1128 para fundar oficialmente a Ordem, perguntamos: Onde guardaram a Arca? O Castelo de Ponferrada é um dos maiores símbolos do Caminho. Por sua posição estratégica, Ponferrada logo mostrou a necessidade da existência de um poderoso castelo para controlar a passagem e a guarda de possíveis assaltos.
A grandiosa obra foi construída em um local proeminente, às margens do rio Sil, nos finais do século XII e XIII por iniciativa dos monges-soldados da Ordem dos Templários, sofreu reformas no século XIV e posteriormente em 1924, fazendo deste lugar uma de suas mais importante base da Espanha. Encontra-se muito bem conservado.
Originalmente foi uma cidadela romana em cujas ruínas os Templários aproveitaram para erigir a fortaleza que protege a cidade. Notamos que naquele tempo os romanos já visavam àquele local como um ponto privilegiado e estratégico.
Foi habitado pelos Templários desde 1178 até a dissolução da Ordem em 1312. Todo ele é um criptograma em pedra repleto de signos, símbolos e vinculações astronômicas que fazem o delírio de muitos amantes dos Templários e dos seus ritos de iniciação.
Castelo de Ponferrada
Após a dissolução da Ordem, Alfonso XI, por doação, passou em 1340 o seu domínio aos condes de Lemos que ficou com o seu domínio durante sete anos, retornando em seguida para as mãos dos Cavalheiros do Templo. A sua entrada principal é adornada de duas pequenas torres que para acessá-la é necessário transpor uma ponte que antigamente era de madeira e levadiça;
A região de El Bierzo deve ter tido para os Templários uma grande importância, pois além de estar na via Telúrica por onde passa o Caminho de Santiago, permitindo a proteção aos peregrinos, os Templários deveriam ver aquela região por outros motivos, pois deixou muitas recordações na sua passagem, seguramente não foi só pela abundância da pesca nos seus rios, tão necessária para a sua alimentação e pelas riquezas de suas jazidas minerais, principalmente o ferro tão necessário para a fabricação de suas armas, e o ouro. Sabe-se que os Templários exploraram em muitas ocasiões as jazidas de ouro que haviam sido trabalhadas pelos romanos. Mas apesar de tudo, acreditamos que a região de El Bierzo teve uma importância para os Templários por outras razões.
É lógico pensar, que o importante para eles não foi só a construção do Castelo de Ponferrada, pois, pelas dimensões que lhe deram e pela grande quantidade de sinais que o rodeiam, segundo esse raciocínio, podemos perguntar:
- O que guardavam nele?- Para o trabalho que exercia no local não poderiam construir um com outras dimensões, diremos menores?- Porque construíram em Ponferrada um com aquelas dimensões? Era só por motivos estratégicos e a sua proximidade com as minas de ouro, “La Médula” exploradas pelos romanos?
Não conseguimos levantar dados de ter os Templários construído uma outra fortaleza com mais de 10.000 metros quadrados como esta. Fulcanelli informa em suas “Moradas Filosofales”: “El Santo Grial estaba custodiado por doce Templarios, estes doce custodios recuerdan los signos del Zodiaco”.
Segundo alguns historiadores, acredita-se que a Ordem resgatou dos subterrâneos das ruínas do Templo de Jerusalém, a “Arca da Aliança” e que depois desta missão reuniram-se no Concílio Ecumênico de Troyes em 1128 para fundar oficialmente a Ordem, perguntamos: Onde guardaram a Arca?

O CÓDICE CALIXTINO




O CÓDICE CALIXTINO
Por volta de 1135 surge a primeira obra escrita que se converte no principal guia aos peregrinos. Um dedicado peregrino francês, o padre Aymeric Picaud, natural da localidade de Poiton – Parthenay-le-Vieux, provavelmente com o apoio da Ordem de Cluny, escreveu cinco volumes sobre a vida de Santiago acrescentando ao texto comentários sobre a sua peregrinação efetuada a cavalo em 1123. Estas crônicas eram intituladas “Liber Sancti Jacobi”, mas pôr serem dedicadas ao Papa Calixto II, passaram a denominar-se de “Códice Calixtino”. Atualmente existem 6 (seis) cópias do referido manuscrito conservado em Compostela, Londres, Paris, Roma, Ripoll e Alcobaça em Portugal.
Este Itineraria Compostellana que segue antigos modelos de itinerários à Terra Santa e a Roma, informa das dificuldades do caminho pela sua distancia, pelo seu traçado, por seus riscos, o texto era uma leitura edificante: oração e penitencia como caminho de transformação. O itinerário espiritual era mais transcendente, pois o peregrino colocava a sua peregrinação em um processo espiritual em evolução, fechado em si mesmo. Para ser peregrino jacobita de verdade, não era necessário alcançar a meta, a Basílica e o sepulcro de Santiago. Chegar era uma recompensa aos devotos por peregrinar, por isso Compostela ocupa pouco espaço nas descrições com relação às descrições do caminho. Compostela se reduz a Catedral, lugar de orações, conversão, meditação e centro cultural artístico e econômico da cidade. A vida dos seus habitantes se fazia em torno da Catedral e em suas três ruas. Os que morriam ou não regressavam, eram também considerados peregrinos tal como os que chegavam à Catedral.
A peregrinação era uma conversão pessoal e social. Um ideal de um homem novo em atitudes militante, ativa, que se impunha como as cruzadas, os cavalheiros e os monges cristãos. No século XII este livro era um perfeito exemplo de literatura clerical moralizadora, exemplar e edificante.
O primeiro volume é uma antologia de hinos e sermões; o segundo uma compilação de milagres realizados pelo Apóstolo; o terceiro outra coleção de histórias relacionadas com a vida do Apóstolo e o descobrimento de sua tumba.
O quarto compreende a história de Carlos Magno e de seu sobrinho Roldán, descrevendo como Carlos Magno viu o Apóstolo sobre a via Láctea incitando-o a libertar a Galicia dos mouros, as campanhas de ambos na Espanha no século VIII e uma sucessão de lendas aonde são narradas a luta do gigante Ferragut com Rondán, as batalhas de Carlos Magno frente a Almanzor e a traição de Ganelón que leva ao desastre de Roncesvalles.
O quinto é o mais interessante para nós, é o que se conhece como o “Guia do Peregrino” que descreve através de notas não muito exatas a sua peregrinação, as principais rotas na França e na Espanha que se unem em Puente de la Reina, as etapas a percorrer, as cidades e pueblos, hospitais, restaurantes existentes no caminho, os rios potáveis ou não, informa os principais sepulcros e suas relíquias; descreve as “mirabilia urbis Compostellae” e aos viajantes sobre toda a classe de assuntos, também recorda o milagre do reverdecimento das lanças dos combatentes de Carlos Magno em Sahagún, transformando em chopos do rio Cea.
Picaud dividia o itinerário, através do caminho Francês em 13 (treze) etapas perfeitamente delimitadas, cada uma das quais se fazia em vários dias segundo o animo de cada grupo de peregrinos, a uma velocidade média de uns 35 quilômetros diários a pé, ou quase o dobro se fosse a cavalo.
Assinala as distâncias entre os povoados, os santuários e os monumentos existente no trajeto, inclui também observações referente à gastronomia, a potabilidade das águas, o caracter das pessoas, os costumes dos povos, assim como um interessantíssimo pequeno vocabulário Basco/Vasco, sendo este de grande importância, por ser o primeiro testemunho escrito da língua de Euskadi.Por volta de 1135 surge a primeira obra escrita que se converte no principal guia aos peregrinos. Um dedicado peregrino francês, o padre Aymeric Picaud, natural da localidade de Poiton – Parthenay-le-Vieux, provavelmente com o apoio da Ordem de Cluny, escreveu cinco volumes sobre a vida de Santiago acrescentando ao texto comentários sobre a sua peregrinação efetuada a cavalo em 1123. Estas crônicas eram intituladas “Liber Sancti Jacobi”, mas pôr serem dedicadas ao Papa Calixto II, passaram a denominar-se de “Códice Calixtino”. Atualmente existem 6 (seis) cópias do referido manuscrito conservado em Compostela, Londres, Paris, Roma, Ripoll e Alcobaça em Portugal.
Este Itineraria Compostellana que segue antigos modelos de itinerários à Terra Santa e a Roma, informa das dificuldades do caminho pela sua distancia, pelo seu traçado, por seus riscos, o texto era uma leitura edificante: oração e penitencia como caminho de transformação. O itinerário espiritual era mais transcendente, pois o peregrino colocava a sua peregrinação em um processo espiritual em evolução, fechado em si mesmo. Para ser peregrino jacobita de verdade, não era necessário alcançar a meta, a Basílica e o sepulcro de Santiago. Chegar era uma recompensa aos devotos por peregrinar, por isso Compostela ocupa pouco espaço nas descrições com relação às descrições do caminho. Compostela se reduz a Catedral, lugar de orações, conversão, meditação e centro cultural artístico e econômico da cidade. A vida dos seus habitantes se fazia em torno da Catedral e em suas três ruas. Os que morriam ou não regressavam, eram também considerados peregrinos tal como os que chegavam à Catedral.
A peregrinação era uma conversão pessoal e social. Um ideal de um homem novo em atitudes militante, ativa, que se impunha como as cruzadas, os cavalheiros e os monges cristãos. No século XII este livro era um perfeito exemplo de literatura clerical moralizadora, exemplar e edificante.
O primeiro volume é uma antologia de hinos e sermões; o segundo uma compilação de milagres realizados pelo Apóstolo; o terceiro outra coleção de histórias relacionadas com a vida do Apóstolo e o descobrimento de sua tumba.
O quarto compreende a história de Carlos Magno e de seu sobrinho Roldán, descrevendo como Carlos Magno viu o Apóstolo sobre a via Láctea incitando-o a libertar a Galicia dos mouros, as campanhas de ambos na Espanha no século VIII e uma sucessão de lendas aonde são narradas a luta do gigante Ferragut com Rondán, as batalhas de Carlos Magno frente a Almanzor e a traição de Ganelón que leva ao desastre de Roncesvalles.
O quinto é o mais interessante para nós, é o que se conhece como o “Guia do Peregrino” que descreve através de notas não muito exatas a sua peregrinação, as principais rotas na França e na Espanha que se unem em Puente de la Reina, as etapas a percorrer, as cidades e pueblos, hospitais, restaurantes existentes no caminho, os rios potáveis ou não, informa os principais sepulcros e suas relíquias; descreve as “mirabilia urbis Compostellae” e aos viajantes sobre toda a classe de assuntos, também recorda o milagre do reverdecimento das lanças dos combatentes de Carlos Magno em Sahagún, transformando em chopos do rio Cea.
Picaud dividia o itinerário, através do caminho Francês em 13 (treze) etapas perfeitamente delimitadas, cada uma das quais se fazia em vários dias segundo o animo de cada grupo de peregrinos, a uma velocidade média de uns 35 quilômetros diários a pé, ou quase o dobro se fosse a cavalo.
Assinala as distâncias entre os povoados, os santuários e os monumentos existente no trajeto, inclui também observações referente à gastronomia, a potabilidade das águas, o caracter das pessoas, os costumes dos povos, assim como um interessantíssimo pequeno vocabulário Basco/Vasco, sendo este de grande importância, por ser o primeiro testemunho escrito da língua de Euskadi.

FONCEBADÓN E A CRUZ DE FERRO

FONCEBADÓN E A CRUZ DE FERRO
Não podemos falar na Cruz de Ferro, sem abordarmos o antigo povoado de Foncebadón situado na sua proximidade e atualmente reduzido a tristes ruínas. Foncebadón era uma importante localidade existente no Caminho de Santiago, o seu nome aparece em vários documentos do século X. Naquele local, o eremita Gaucelmo por volta do ano 1123, construiu um hospital e um albergue para os peregrinos que passavam pelo penoso vale de Foncebadón. Existem documentos datados do ano de 1103, pelo qual Alfonso VI, a pedido do próprio Gaucelmo, concede imunidade à albergaria de Foncebadón e a igreja de San Salvador de Irago. Da documentação medieval existente, se depreende que houve ali um hospital, uma Igreja a de Santa Magdalena dependente do hospital e a já referida de San Salvador. Posteriormente, fixou-se na região uma comunidade de eremitas que passou a depender da Junta de Astorga, a qual criou a dignidade de Abade de Foncebadón, Apesar das ruínas do lugar, facilmente descobre-se à condição de local de peregrinação, ao passar-se pela rua do antigo povoado.
Apesar de Alfonso VI engrandecer o povoado dando foros e privilégios, os mesmos não foram suficientes para evitar que seus habitantes imigrassem em buscas de terras menos hostis.
Na proximidade de Foncebadón, a 1504 metros de altitude, levanta-se a Cruz de Ferro, um dos monumentos mais simples, porém um dos mais antigos e emblemáticos do Caminho. Sobre um montão de pedras se levanta uma pequena Cruz de Ferro, presa no alto de um tronco de madeira de uns 5 metros de altura. A mesma fica localizado sobre o temido monte Irago, que serviu de passagem aos antigos e famosos peregrinos como: Aymeric, Kunig von Vach, Arnold von Harff e Laffi.
Os romanos utilizavam o monte como divisa territorial e o chamava de “monte de Mercúrio”, era um marco divisório entre el Bierzo e a Maragatería. Posteriormente o eremita Gaucelmo, protetor dos peregrinos nesses locais difíceis, colocou uma cruz sobre esse morro para orientar os peregrinos nas épocas das grandes nevadas, cristianizando o ancestral monumento cujo sentido se perde na antigüidade escapando a nossa compreensão, pois, os romanos já anteriormente aquela época, tinha como tradição ao passar jogar uma pedra sobre o mesmo.
Segundo a lenda, a atual cruz de ferro substitui a primitiva, instalada pelo próprio Gaucelmo sobre um altar romano dedicado a Mercúrio, Deus patrono dos Caminhos. É quase o local mais alto da rota, o ponto máximo 1.517 metros, encontra-se localizado um pouco depois em baixo de uma antena de comunicações.
Sobre aquele monte os peregrinos seguindo a tradição, jogam uma pedra para pedir proteção em sua viagem, somando a uma tradição milenar que se perde com o tempo. Existe ao seu lado uma pequena ermida dedicada a Santiago levantada por ocasião do Ano Santo Compostelano de 1982, no entanto a mesma está mal conservada, bem como necessitando de limpeza nos seus arredores.
O lugar é considerado místico e a Cruz de Ferro é um ponto mágico entre o céu e a terra.
No dia quatro de agosto do ano de 1998, a mesma foi derrubada segundo alguns pela segunda vez por ato de vandalismo, no entanto foi imediatamente recolocada pelos peregrinos que passavam pelo local comandados por Tomás, hospedeiro do albergue de Manjarín pertencente à Associação Circulo Templário de Ponferrada.
Sobre tal fato, temos o testemunho do peregrino Mário Luiz Campos Dias, brasileiro, radicado no Rio de Janeiro, que na oportunidade efetuava a sua peregrinação a Santiago de Compostela.
Na manhã do referido dia, Mário nosso peregrino acorda e após tomar o seu café no albergue de Rabanal del Camino, coloca sua mochila sobre os ombros e parte bem cedo em direção a Foncebadón, atravessa aquele pueblo abandonado um pouco apreensivo com a possível existência dos cachorros na região, seu coração acelera os batimentos cardíacos, não só motivado pela subida como pela tensão na espreita sobre os cães, consegue atravessar Foncebadón sem problemas, respira profundamente por mais uma etapa vencida. Olha em frente procurando com a vista sinais da Cruz de Ferro, não consegue localizá-la, acredita que ainda encontra-se longe, como é subida não consegue acelerar os passos, ao descortinar o monte de pedras sem a cruz, revolta-se, blasfema, larga a mochila no chão e corre para o topo a procura da mesma, grita, outros peregrinos que se aproximavam do local atende ao seu chamado. Nesse momento também se aproxima um outro grupo de peregrinos tendo a frente o hospedeiro Tomás que já tinha sido avisado, o mesmo acalma aquele brasileiro tenso e revoltado e partem em conjunto para efetuarem a recuperação da mesma, assim aquele brasileiro Mário, teve a ventura de dar a sua humilde e pequena contribuição na sua restauração. Em fotos por ele cedido, mostra a Cruz de Ferro entre as suas mãos antes de ser colocada novamente no seu suporte de madeira.Não podemos falar na Cruz de Ferro, sem abordarmos o antigo povoado de Foncebadón situado na sua proximidade e atualmente reduzido a tristes ruínas. Foncebadón era uma importante localidade existente no Caminho de Santiago, o seu nome aparece em vários documentos do século X. Naquele local, o eremita Gaucelmo por volta do ano 1123, construiu um hospital e um albergue para os peregrinos que passavam pelo penoso vale de Foncebadón. Existem documentos datados do ano de 1103, pelo qual Alfonso VI, a pedido do próprio Gaucelmo, concede imunidade à albergaria de Foncebadón e a igreja de San Salvador de Irago. Da documentação medieval existente, se depreende que houve ali um hospital, uma Igreja a de Santa Magdalena dependente do hospital e a já referida de San Salvador. Posteriormente, fixou-se na região uma comunidade de eremitas que passou a depender da Junta de Astorga, a qual criou a dignidade de Abade de Foncebadón, Apesar das ruínas do lugar, facilmente descobre-se à condição de local de peregrinação, ao passar-se pela rua do antigo povoado.
Apesar de Alfonso VI engrandecer o povoado dando foros e privilégios, os mesmos não foram suficientes para evitar que seus habitantes imigrassem em buscas de terras menos hostis.
Na proximidade de Foncebadón, a 1504 metros de altitude, levanta-se a Cruz de Ferro, um dos monumentos mais simples, porém um dos mais antigos e emblemáticos do Caminho. Sobre um montão de pedras se levanta uma pequena Cruz de Ferro, presa no alto de um tronco de madeira de uns 5 metros de altura. A mesma fica localizado sobre o temido monte Irago, que serviu de passagem aos antigos e famosos peregrinos como: Aymeric, Kunig von Vach, Arnold von Harff e Laffi.
Os romanos utilizavam o monte como divisa territorial e o chamava de “monte de Mercúrio”, era um marco divisório entre el Bierzo e a Maragatería. Posteriormente o eremita Gaucelmo, protetor dos peregrinos nesses locais difíceis, colocou uma cruz sobre esse morro para orientar os peregrinos nas épocas das grandes nevadas, cristianizando o ancestral monumento cujo sentido se perde na antigüidade escapando a nossa compreensão, pois, os romanos já anteriormente aquela época, tinha como tradição ao passar jogar uma pedra sobre o mesmo.
Segundo a lenda, a atual cruz de ferro substitui a primitiva, instalada pelo próprio Gaucelmo sobre um altar romano dedicado a Mercúrio, Deus patrono dos Caminhos. É quase o local mais alto da rota, o ponto máximo 1.517 metros, encontra-se localizado um pouco depois em baixo de uma antena de comunicações.
Sobre aquele monte os peregrinos seguindo a tradição, jogam uma pedra para pedir proteção em sua viagem, somando a uma tradição milenar que se perde com o tempo. Existe ao seu lado uma pequena ermida dedicada a Santiago levantada por ocasião do Ano Santo Compostelano de 1982, no entanto a mesma está mal conservada, bem como necessitando de limpeza nos seus arredores.
O lugar é considerado místico e a Cruz de Ferro é um ponto mágico entre o céu e a terra.
No dia quatro de agosto do ano de 1998, a mesma foi derrubada segundo alguns pela segunda vez por ato de vandalismo, no entanto foi imediatamente recolocada pelos peregrinos que passavam pelo local comandados por Tomás, hospedeiro do albergue de Manjarín pertencente à Associação Circulo Templário de Ponferrada.
Sobre tal fato, temos o testemunho do peregrino Mário Luiz Campos Dias, brasileiro, radicado no Rio de Janeiro, que na oportunidade efetuava a sua peregrinação a Santiago de Compostela.
Na manhã do referido dia, Mário nosso peregrino acorda e após tomar o seu café no albergue de Rabanal del Camino, coloca sua mochila sobre os ombros e parte bem cedo em direção a Foncebadón, atravessa aquele pueblo abandonado um pouco apreensivo com a possível existência dos cachorros na região, seu coração acelera os batimentos cardíacos, não só motivado pela subida como pela tensão na espreita sobre os cães, consegue atravessar Foncebadón sem problemas, respira profundamente por mais uma etapa vencida. Olha em frente procurando com a vista sinais da Cruz de Ferro, não consegue localizá-la, acredita que ainda encontra-se longe, como é subida não consegue acelerar os passos, ao descortinar o monte de pedras sem a cruz, revolta-se, blasfema, larga a mochila no chão e corre para o topo a procura da mesma, grita, outros peregrinos que se aproximavam do local atende ao seu chamado. Nesse momento também se aproxima um outro grupo de peregrinos tendo a frente o hospedeiro Tomás que já tinha sido avisado, o mesmo acalma aquele brasileiro tenso e revoltado e partem em conjunto para efetuarem a recuperação da mesma, assim aquele brasileiro Mário, teve a ventura de dar a sua humilde e pequena contribuição na sua restauração. Em fotos por ele cedido, mostra a Cruz de Ferro entre as suas mãos antes de ser colocada novamente no seu suporte de madeira.

O BOTAFUMEIRO




O BOTAFUMEIRO
O Botafumeiro (incensário), é uma das curiosidades mais conhecida pelos peregrinos, é o elemento histórico e popular da Catedral de Santiago de Compostela. Acredita-se que o início da sua utilização, data dos séculos XIII e XIV. Poucas pessoas sabem que o gigantesco incensário que balança na nave durante as missas dos peregrinos e outros atos importantes, tem uma origem humilde e prática.
Quando a peregrinação a Santiago converteu-se numa verdadeira rota e chegavam milhares de pessoas saturando a catedral, provocava no seu interior um desagradável odor motivado pelo cheiro das roupas dos peregrinos impregnadas de sua transpiração realizada durante a sua caminhada. Este grande incensário tornou-se um símbolo sobre toda a purificação espiritual.
Para ser movido, necessita de um grupo de oito homens conhecidos como “tiraboleiros” que se vestem de roxo e são treinados para efetuar o referido manuseio através cordas, o que vem a causar a admiração dos peregrinos que se encontram no interior da Catedral. A origem da palavra “tiraboleiro”, está vinculada ao latim “thuribulum” que significa “lançador de fumo”
Segundo alguns historiadores, no século XVI o rei Luis XI da França presenteou a Catedral com um incensário construído em prata no estilo renascentista. Também nesse século, com a finalidade de facilitar a sua utilização, foi que se construiu sob a cúpula da igreja um mecanismo de polias desenhado por Juan Bautista Celma que permite o perfeito funcionamento do Botafumeiro.
Uma vez o mesmo desgastado pelo seu uso, é recolhido ao museu catedralício. O mais antigo deles que se conserva, data de 1851 e o outro de 1971, presente da Irmandade de Alféreces Provisionales.
A atual Botafumeiro tem 1,60 metros de altura e 80 quilos de peso, obra de José Losada é de latão prateado e foi construído em Santiago de Compostela em meado do século passado.
Somente caiu quatro vezes sem nunca ter ocorrido nenhum acidente de ordem pessoal, temos informação que uma das quedas foi no ano de 1499, em presença de Doña Catalina, que ia a caminho da Inglaterra para casar-se com o Príncipe de Gales, também em 23 de maio de 1622, é o que conseguimos encontrar com referencia a esses acontecimentos.O Botafumeiro (incensário), é uma das curiosidades mais conhecida pelos peregrinos, é o elemento histórico e popular da Catedral de Santiago de Compostela. Acredita-se que o início da sua utilização, data dos séculos XIII e XIV. Poucas pessoas sabem que o gigantesco incensário que balança na nave durante as missas dos peregrinos e outros atos importantes, tem uma origem humilde e prática.
Quando a peregrinação a Santiago converteu-se numa verdadeira rota e chegavam milhares de pessoas saturando a catedral, provocava no seu interior um desagradável odor motivado pelo cheiro das roupas dos peregrinos impregnadas de sua transpiração realizada durante a sua caminhada. Este grande incensário tornou-se um símbolo sobre toda a purificação espiritual.
Para ser movido, necessita de um grupo de oito homens conhecidos como “tiraboleiros” que se vestem de roxo e são treinados para efetuar o referido manuseio através cordas, o que vem a causar a admiração dos peregrinos que se encontram no interior da Catedral. A origem da palavra “tiraboleiro”, está vinculada ao latim “thuribulum” que significa “lançador de fumo”
Segundo alguns historiadores, no século XVI o rei Luis XI da França presenteou a Catedral com um incensário construído em prata no estilo renascentista. Também nesse século, com a finalidade de facilitar a sua utilização, foi que se construiu sob a cúpula da igreja um mecanismo de polias desenhado por Juan Bautista Celma que permite o perfeito funcionamento do Botafumeiro.
Uma vez o mesmo desgastado pelo seu uso, é recolhido ao museu catedralício. O mais antigo deles que se conserva, data de 1851 e o outro de 1971, presente da Irmandade de Alféreces Provisionales.
A atual Botafumeiro tem 1,60 metros de altura e 80 quilos de peso, obra de José Losada é de latão prateado e foi construído em Santiago de Compostela em meado do século passado.
Somente caiu quatro vezes sem nunca ter ocorrido nenhum acidente de ordem pessoal, temos informação que uma das quedas foi no ano de 1499, em presença de Doña Catalina, que ia a caminho da Inglaterra para casar-se com o Príncipe de Gales, também em 23 de maio de 1622, é o que conseguimos encontrar com referencia a esses acontecimentos.

AMU

A MURALHA DE SANTIAGO DE COMPOSTELA E SUAS PORTAS
Se efetuarmos um passeio pela história, iremos verificar que durante toda a vida do homem sobre o nosso planeta, existiu e existe o desejo de se defenderem contra a incursão de terceiros não só de elementos estranhos a sua comunidade, como também de outros que venham a por em risco a sua sobrevivência.
Temos relatos de fortificações de todos os tipos desde os remotos tempos até os dias de hoje apesar dos tipos de defesas mudarem de acordo com o desenvolvimento da tecnologia, iremos constatar defesas desde a mais simples (como paliçadas e fossos), passando por uma série de etapas até aquelas cuja tecnologia prescinde do contato físico, deixando praticamente toda a superfície do nosso planeta ao alcance do elemento perturbador.
Santiago no século XII
Um grande exemplo é a soberba muralha da China uma das grandes obras da humanidade, foi construída a milhares de anos e da qual podemos contemplar nos nossos dias, grandes trechos como foi concebida e construída.
Um outro exemplo é a muralha da cidade de Jerusalém no tempo de Jesus Cristo, a mesma circundava a cidade, o templo e seus monumentos, bem como contava com uma série de portas que dava acesso ao seu interior, dentre as que conhecem temos: a “Porta Judiciária”, a “Porta Oriental”, a “Porta dos Cavalos”, a “Porta das Águas”, a “Porta das Fontes”, a “Porta das Essências”, a “Porta do Vale”, a “Porta de Efraim ou da Praça”, a “Porta Velha”, a “Porta de Benjamim ou dos Peixes” e a “Porta das Ovelhas (Probática)”.
Como não podia deixar de ser, a cidade de Santiago de Compostela também teve a sua defesa, teve a sua muralha. Para se precaver contra os ataques dos Vikings, um pouco antes do ano de 968, o bispo Sisnando II, reconstruiu com maior solides a primitiva cerca “del Locus Sanctus”, com a finalidade de proteger a Basílica Jacobea, Antealtares, la Corticela e o palácio Arcebispal.
Sisnando II frente a ameaça de uma terceira incursão Viking, acudiu com o seu exercito em defesa de Iria Flavia, vindo a morrer em uma das escaramuças.
Seguindo o traçado da paliçada de Sisnando II, posteriormente o bispo Cresconio (1037-1068), construiu a segunda e última muralha de Compostela, ampliando ligeiramente o seu perímetro. A nova muralha segundo López Alsina, tinha um perímetro de dois quilômetros e era dotada de sete portas de acesso que se denominaram: “A do Camiño”; “Algalia”; “San Francisco”; “Trinidade”; “Faxeira”; “Mámoa” e “Mazarelas”. Correspondente com todos os itinerários de chegada dos peregrinos a Santiago de Compostela.
A Porta del Camiño fazia referência a via empregada pelos peregrinos franceses;A Porta de Algalia, também conhecida como a da Pena ou de Atalaya, conectava-se com A Coruña que era um dos pontos de desembarque da rota marítima seguida pelos peregrinos britânicos da Idade Média;A Porta de San Francisco também conhecida pela Porta de Subfrativus;A Porta de Trinidad, que conduzia a “Finis Terrae” também conhecida como a do Santo Peregrino;A Porta da Mámoa também se denominava de Porta Sussanis;A Porta Faxeira, foi um dos acessos utilizados pelos peregrinos Portugueses bem como a Porta de Mazarelas.
O trabalho de Cresconio se completou com a construção de umas torres em frente à fachada ocidental da Igreja Compostelana e de outras conhecidas como Torres de Honesto ou de Oeste, situada na desembocadura do rio Ulla, para prevenir-se das incursões Vikings.
Atualmente apenas a “Porta de Mazarelas” sobreviveu até os nossos dias.
Se efetuarmos um passeio pela história, iremos verificar que durante toda a vida do homem sobre o nosso planeta, existiu e existe o desejo de se defenderem contra a incursão de terceiros não só de elementos estranhos a sua comunidade, como também de outros que venham a por em risco a sua sobrevivência.
Temos relatos de fortificações de todos os tipos desde os remotos tempos até os dias de hoje apesar dos tipos de defesas mudarem de acordo com o desenvolvimento da tecnologia, iremos constatar defesas desde a mais simples (como paliçadas e fossos), passando por uma série de etapas até aquelas cuja tecnologia prescinde do contato físico, deixando praticamente toda a superfície do nosso planeta ao alcance do elemento perturbador.
Santiago no século XII
Um grande exemplo é a soberba muralha da China uma das grandes obras da humanidade, foi construída a milhares de anos e da qual podemos contemplar nos nossos dias, grandes trechos como foi concebida e construída.
Um outro exemplo é a muralha da cidade de Jerusalém no tempo de Jesus Cristo, a mesma circundava a cidade, o templo e seus monumentos, bem como contava com uma série de portas que dava acesso ao seu interior, dentre as que conhecem temos: a “Porta Judiciária”, a “Porta Oriental”, a “Porta dos Cavalos”, a “Porta das Águas”, a “Porta das Fontes”, a “Porta das Essências”, a “Porta do Vale”, a “Porta de Efraim ou da Praça”, a “Porta Velha”, a “Porta de Benjamim ou dos Peixes” e a “Porta das Ovelhas (Probática)”.
Como não podia deixar de ser, a cidade de Santiago de Compostela também teve a sua defesa, teve a sua muralha. Para se precaver contra os ataques dos Vikings, um pouco antes do ano de 968, o bispo Sisnando II, reconstruiu com maior solides a primitiva cerca “del Locus Sanctus”, com a finalidade de proteger a Basílica Jacobea, Antealtares, la Corticela e o palácio Arcebispal.
Sisnando II frente a ameaça de uma terceira incursão Viking, acudiu com o seu exercito em defesa de Iria Flavia, vindo a morrer em uma das escaramuças.
Seguindo o traçado da paliçada de Sisnando II, posteriormente o bispo Cresconio (1037-1068), construiu a segunda e última muralha de Compostela, ampliando ligeiramente o seu perímetro. A nova muralha segundo López Alsina, tinha um perímetro de dois quilômetros e era dotada de sete portas de acesso que se denominaram: “A do Camiño”; “Algalia”; “San Francisco”; “Trinidade”; “Faxeira”; “Mámoa” e “Mazarelas”. Correspondente com todos os itinerários de chegada dos peregrinos a Santiago de Compostela.
A Porta del Camiño fazia referência a via empregada pelos peregrinos franceses;A Porta de Algalia, também conhecida como a da Pena ou de Atalaya, conectava-se com A Coruña que era um dos pontos de desembarque da rota marítima seguida pelos peregrinos britânicos da Idade Média;A Porta de San Francisco também conhecida pela Porta de Subfrativus;A Porta de Trinidad, que conduzia a “Finis Terrae” também conhecida como a do Santo Peregrino;A Porta da Mámoa também se denominava de Porta Sussanis;A Porta Faxeira, foi um dos acessos utilizados pelos peregrinos Portugueses bem como a Porta de Mazarelas.
O trabalho de Cresconio se completou com a construção de umas torres em frente à fachada ocidental da Igreja Compostelana e de outras conhecidas como Torres de Honesto ou de Oeste, situada na desembocadura do rio Ulla, para prevenir-se das incursões Vikings.
Atualmente apenas a “Porta de Mazarelas” sobreviveu até os nossos dias.Se efetuarmos um passeio pela história, iremos verificar que durante toda a vida do homem sobre o nosso planeta, existiu e existe o desejo de se defenderem contra a incursão de terceiros não só de elementos estranhos a sua comunidade, como também de outros que venham a por em risco a sua sobrevivência.
Temos relatos de fortificações de todos os tipos desde os remotos tempos até os dias de hoje apesar dos tipos de defesas mudarem de acordo com o desenvolvimento da tecnologia, iremos constatar defesas desde a mais simples (como paliçadas e fossos), passando por uma série de etapas até aquelas cuja tecnologia prescinde do contato físico, deixando praticamente toda a superfície do nosso planeta ao alcance do elemento perturbador.
Santiago no século XII
Um grande exemplo é a soberba muralha da China uma das grandes obras da humanidade, foi construída a milhares de anos e da qual podemos contemplar nos nossos dias, grandes trechos como foi concebida e construída.
Um outro exemplo é a muralha da cidade de Jerusalém no tempo de Jesus Cristo, a mesma circundava a cidade, o templo e seus monumentos, bem como contava com uma série de portas que dava acesso ao seu interior, dentre as que conhecem temos: a “Porta Judiciária”, a “Porta Oriental”, a “Porta dos Cavalos”, a “Porta das Águas”, a “Porta das Fontes”, a “Porta das Essências”, a “Porta do Vale”, a “Porta de Efraim ou da Praça”, a “Porta Velha”, a “Porta de Benjamim ou dos Peixes” e a “Porta das Ovelhas (Probática)”.
Como não podia deixar de ser, a cidade de Santiago de Compostela também teve a sua defesa, teve a sua muralha. Para se precaver contra os ataques dos Vikings, um pouco antes do ano de 968, o bispo Sisnando II, reconstruiu com maior solides a primitiva cerca “del Locus Sanctus”, com a finalidade de proteger a Basílica Jacobea, Antealtares, la Corticela e o palácio Arcebispal.
Sisnando II frente a ameaça de uma terceira incursão Viking, acudiu com o seu exercito em defesa de Iria Flavia, vindo a morrer em uma das escaramuças.
Seguindo o traçado da paliçada de Sisnando II, posteriormente o bispo Cresconio (1037-1068), construiu a segunda e última muralha de Compostela, ampliando ligeiramente o seu perímetro. A nova muralha segundo López Alsina, tinha um perímetro de dois quilômetros e era dotada de sete portas de acesso que se denominaram: “A do Camiño”; “Algalia”; “San Francisco”; “Trinidade”; “Faxeira”; “Mámoa” e “Mazarelas”. Correspondente com todos os itinerários de chegada dos peregrinos a Santiago de Compostela.
A Porta del Camiño fazia referência a via empregada pelos peregrinos franceses;A Porta de Algalia, também conhecida como a da Pena ou de Atalaya, conectava-se com A Coruña que era um dos pontos de desembarque da rota marítima seguida pelos peregrinos britânicos da Idade Média;A Porta de San Francisco também conhecida pela Porta de Subfrativus;A Porta de Trinidad, que conduzia a “Finis Terrae” também conhecida como a do Santo Peregrino;A Porta da Mámoa também se denominava de Porta Sussanis;A Porta Faxeira, foi um dos acessos utilizados pelos peregrinos Portugueses bem como a Porta de Mazarelas.
O trabalho de Cresconio se completou com a construção de umas torres em frente à fachada ocidental da Igreja Compostelana e de outras conhecidas como Torres de Honesto ou de Oeste, situada na desembocadura do rio Ulla, para prevenir-se das incursões Vikings.
Atualmente apenas a “Porta de Mazarelas” sobreviveu até os nossos dias.

PUENTE DE LA RABIA




PUENTE DE LA RABIA
Zubiri (em Vasco quer dizer “pueblo del puente”) é um pequeno pueblo situado a aproximadamente 22 quilômetros de Roncesvalles; o seu acesso é realizado através de uma ponte antiga, de estilo gótico, de dois arcos de meio ponto, situada sobre o rio Arga, chamada de “Puente de la Rabia”.
Em 1040, o rei Pedro de Aragón determinou que o referido pueblo passasse a pertencer a Igreja de Pamplona. Informa alguns historiadores da existência de um documento italiano que a chamava de “Puente del Paraíso”, por volta do ano de 1440. Ao final do século XV, um viajante alemão de nome Arnold von Harff, se refere a essa povoação quando chama de “Puente del Paraíso”.
Ponte de la Rabia sobre o rio Arga em Zubiri
A referida ponte não esta ligada diretamente com a peregrinação ao túmulo do Apóstolo Santiago, a sua curiosidade, segundo a tradição, diz respeito aos seus moradores e vizinhos, que levavam os seus animais para darem três voltas em torno do pilar central de sua arcada, com a finalidade dos mesmos livrarem-se da hidrofobia e as pessoas também o faziam para imunizarem-se contra as dentadas dos cães raivosos. Esse poder segundo a tradição, era motivado por acreditarem que as relíquias de Santa Quitéria estavam ali enterradas, passando bastante tempo até que as mesmas fossem descobertos.
Assegura também a história que se intentou levar os restos mortais da milagrosa Santa para a Catedral de Pamplona no lombo de uma mula, porém o animal se negou sempre a cruzar o “Portal de Francia”.
Zubiri (em Vasco quer dizer “pueblo del puente”) é um pequeno pueblo situado a aproximadamente 22 quilômetros de Roncesvalles; o seu acesso é realizado através de uma ponte antiga, de estilo gótico, de dois arcos de meio ponto, situada sobre o rio Arga, chamada de “Puente de la Rabia”.
Em 1040, o rei Pedro de Aragón determinou que o referido pueblo passasse a pertencer a Igreja de Pamplona. Informa alguns historiadores da existência de um documento italiano que a chamava de “Puente del Paraíso”, por volta do ano de 1440. Ao final do século XV, um viajante alemão de nome Arnold von Harff, se refere a essa povoação quando chama de “Puente del Paraíso”.
Ponte de la Rabia sobre o rio Arga em Zubiri
A referida ponte não esta ligada diretamente com a peregrinação ao túmulo do Apóstolo Santiago, a sua curiosidade, segundo a tradição, diz respeito aos seus moradores e vizinhos, que levavam os seus animais para darem três voltas em torno do pilar central de sua arcada, com a finalidade dos mesmos livrarem-se da hidrofobia e as pessoas também o faziam para imunizarem-se contra as dentadas dos cães raivosos. Esse poder segundo a tradição, era motivado por acreditarem que as relíquias de Santa Quitéria estavam ali enterradas, passando bastante tempo até que as mesmas fossem descobertos.
Assegura também a história que se intentou levar os restos mortais da milagrosa Santa para a Catedral de Pamplona no lombo de uma mula, porém o animal se negou sempre a cruzar o “Portal de Francia”.

A LENDA DOURADA

A LENDA DOURADA
Ao passar em frente à Igreja de São Domingo em Pamplona, a decoração de vieiras que aparecem sobre a fachada composta no séc. XVII nos faz recordar a peregrinação. A construção dominicana da mesma realizou-se no lugar onde existia um templo dedicado a Santiago, cuja tradição, remonta sua origem a uma construção de Carlos Magno. Esta circunstância obriga aos dominicanos a manter o templo sob a devoção Jacobea. Edificado no séc. XVI possui um retábulo maior no qual se encontra a imagem do titular, realizado em 1574 por Pierres Picart e frei Juan de Beauves, também representa a história do peregrino que recuperou o burro que necessitava para prosseguir sua viagem, graças a intervenção de Santiago.
O milagre que aparece referido no “Líber Sancti Jacobi”, é assim narrado por Jacobo de la Vorágine em seu “Celebre Leyenda Dorada”.
No ano de 1100 da nossa era, um francês, sua esposa e filhos empreenderam uma peregrinação a Compostela movidos por um duplo desejo: o de visitar o sepulcro do Apóstolo Santiago e o de fugir de uma epidemia que estava causando enorme mortandade entre as gentes de seu país. Ao passar por Pamplona, se hospedaram em uma estalagem e nela sofreram várias calamidades: faleceu a esposa e o estalajadeiro roubou do marido todo o dinheiro que levava consigo e até o jumento que servia de cavalgadura para os seus filhos. Apesar de todos os infortúnios, o pobre francês reiniciou a sua peregrinação muito penosamente, tendo que caminhar com alguns de seus filhos carregados sobre seus ombros e os outros seguros pelas suas mãos.
Em certo lugar do caminho um homem que ia montado em um burro o alcançou, e ao vê-lo tão encurvado e cansado, se compadeceu dele, acudiu em seu socorro e lhe emprestou o animal para que os meninos pudessem prosseguir sua viagem mais comodamente. Deste modo o francês e seus filhos conseguiram chegar a Santiago. Acabado de chegar, estando o francês orando ante o sepulcro do Santo, este se lhe aparece e pergunta:- Me conheces?O francês respondeu que não. Então o aparecido o disse:- Eu sou o Apóstolo Santiago, fui eu que sob o aspecto de homem aquele que encontraste no caminho te emprestou o burro para que pudesses chegar até aqui e te empresto novamente para que possa regressar a tua casa comodamente. Continuando informou: ao passar por Pamplona o estalajadeiro que ti roubou, sairá na rua, e na soleira de sua estalagem, se matará e tu recuperaras tudo quanto lhe tirou.
O anuncio do Apóstolo se cumpriu exatamente em todos os seus pontos. Contente e feliz chegou o francês a sua terra e a sua casa e, no mesmo momento que apeou os seus filhos do jumento, este repentinamente desapareceu.
Ao passar em frente à Igreja de São Domingo em Pamplona, a decoração de vieiras que aparecem sobre a fachada composta no séc. XVII nos faz recordar a peregrinação. A construção dominicana da mesma realizou-se no lugar onde existia um templo dedicado a Santiago, cuja tradição, remonta sua origem a uma construção de Carlos Magno. Esta circunstância obriga aos dominicanos a manter o templo sob a devoção Jacobea. Edificado no séc. XVI possui um retábulo maior no qual se encontra a imagem do titular, realizado em 1574 por Pierres Picart e frei Juan de Beauves, também representa a história do peregrino que recuperou o burro que necessitava para prosseguir sua viagem, graças a intervenção de Santiago.
O milagre que aparece referido no “Líber Sancti Jacobi”, é assim narrado por Jacobo de la Vorágine em seu “Celebre Leyenda Dorada”.
No ano de 1100 da nossa era, um francês, sua esposa e filhos empreenderam uma peregrinação a Compostela movidos por um duplo desejo: o de visitar o sepulcro do Apóstolo Santiago e o de fugir de uma epidemia que estava causando enorme mortandade entre as gentes de seu país. Ao passar por Pamplona, se hospedaram em uma estalagem e nela sofreram várias calamidades: faleceu a esposa e o estalajadeiro roubou do marido todo o dinheiro que levava consigo e até o jumento que servia de cavalgadura para os seus filhos. Apesar de todos os infortúnios, o pobre francês reiniciou a sua peregrinação muito penosamente, tendo que caminhar com alguns de seus filhos carregados sobre seus ombros e os outros seguros pelas suas mãos.
Em certo lugar do caminho um homem que ia montado em um burro o alcançou, e ao vê-lo tão encurvado e cansado, se compadeceu dele, acudiu em seu socorro e lhe emprestou o animal para que os meninos pudessem prosseguir sua viagem mais comodamente. Deste modo o francês e seus filhos conseguiram chegar a Santiago. Acabado de chegar, estando o francês orando ante o sepulcro do Santo, este se lhe aparece e pergunta:- Me conheces?O francês respondeu que não. Então o aparecido o disse:- Eu sou o Apóstolo Santiago, fui eu que sob o aspecto de homem aquele que encontraste no caminho te emprestou o burro para que pudesses chegar até aqui e te empresto novamente para que possa regressar a tua casa comodamente. Continuando informou: ao passar por Pamplona o estalajadeiro que ti roubou, sairá na rua, e na soleira de sua estalagem, se matará e tu recuperaras tudo quanto lhe tirou.
O anuncio do Apóstolo se cumpriu exatamente em todos os seus pontos. Contente e feliz chegou o francês a sua terra e a sua casa e, no mesmo momento que apeou os seus filhos do jumento, este repentinamente desapareceu.
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