Páginas

quarta-feira, 22 de julho de 2009

uma lenda indiana


Era uma vez uma tigresa grávida e faminta, que caminhava errante pela floresta à procura, desesperada, de algum alimento. Depara então com um grupo de cabras selvagens, e não tem outra alternativa senão atacar. As cabras correm em debandada. E a tigresa, com os movimentos atrapalhados pelo barriga enorme, não consegue persegui-las e, esgotada, cai na relva, contorcendo-se de dores. Dores de parto e dores de morte. Minutos depois, as cabras retornam, e vêem um filhotinho de tigre desprotegido, choramingando, diante do corpo da mãe. Apiedam-se e decidem que vão criá-lo. Os meses se sucedem, e o filhote de tigre vai cada vez mais ficando parecido com as cabras: apesar de seus dentes pontiagudos, se acostuma a comer das mesmas folhinhas de pasto. Aprende a linguagem das cabras. A dieta vegetariana, inclusive, lhe traz uma debilidade física que reforça a notável doçura de seu temperamento.Até que, um dia, um tigre velho e feroz, que passava na redondeza, vê o grupo e o ataca. De novo, o pânico, a fuga das cabras. Mas o jovem permance ali, sem medo ainda que surpreso. Tão surpreso quanto o invasor. "Que fazes aqui?", pergunta este último. A resposta vem na forma de um berrinho de cabra, que o irrita ainda mais: "Por que emites esse som estúpido?", exclamou, num rugido indignado. "Por que te iludes pensando ser um cabrito?" O tigrezinho continuava perplexo. O tigre velho então salta sobre ele e o arrasta consigo para seu covil, e lá o obriga a comer de uma carne crua e sangrenta. A princípio, o filhote lança um gritinho de protesto ou clemência, a fera porém não se comove, exige que ele coma. O filhote se debate com aquela carne, não consegue pô-la na boca, vai esboçar outro berro, até que, porém, começa a provar do sangue da carne. Subitamente excitado, mastiga com mais e mais avidez. A carne, o sangue, iam lhe dando uma euforia inexplicável. Ele comeu tudo, não deixou rastro, e soltou ao final um rugido intenso de satisfação, um tipo de som que ele que nunca antes imaginara poder sair de sua boca.O velho tigre, que o observara severo durante esse tempo, então lhe indaga: "Agora realmente sabes quem é?" E acrescentou: "Venha! Vamos caçar juntos!"

Era uma vez uma tigresa grávida e faminta, que caminhava errante pela floresta à procura, desesperada, de algum alimento. Depara então com um grupo de cabras selvagens, e não tem outra alternativa senão atacar. As cabras correm em debandada. E a tigresa, com os movimentos atrapalhados pelo barriga enorme, não consegue persegui-las e, esgotada, cai na relva, contorcendo-se de dores. Dores de parto e dores de morte. Minutos depois, as cabras retornam, e vêem um filhotinho de tigre desprotegido, choramingando, diante do corpo da mãe. Apiedam-se e decidem que vão criá-lo. Os meses se sucedem, e o filhote de tigre vai cada vez mais ficando parecido com as cabras: apesar de seus dentes pontiagudos, se acostuma a comer das mesmas folhinhas de pasto. Aprende a linguagem das cabras. A dieta vegetariana, inclusive, lhe traz uma debilidade física que reforça a notável doçura de seu temperamento.Até que, um dia, um tigre velho e feroz, que passava na redondeza, vê o grupo e o ataca. De novo, o pânico, a fuga das cabras. Mas o jovem permance ali, sem medo ainda que surpreso. Tão surpreso quanto o invasor. "Que fazes aqui?", pergunta este último. A resposta vem na forma de um berrinho de cabra, que o irrita ainda mais: "Por que emites esse som estúpido?", exclamou, num rugido indignado. "Por que te iludes pensando ser um cabrito?" O tigrezinho continuava perplexo. O tigre velho então salta sobre ele e o arrasta consigo para seu covil, e lá o obriga a comer de uma carne crua e sangrenta. A princípio, o filhote lança um gritinho de protesto ou clemência, a fera porém não se comove, exige que ele coma. O filhote se debate com aquela carne, não consegue pô-la na boca, vai esboçar outro berro, até que, porém, começa a provar do sangue da carne. Subitamente excitado, mastiga com mais e mais avidez. A carne, o sangue, iam lhe dando uma euforia inexplicável. Ele comeu tudo, não deixou rastro, e soltou ao final um rugido intenso de satisfação, um tipo de som que ele que nunca antes imaginara poder sair de sua boca.O velho tigre, que o observara severo durante esse tempo, então lhe indaga: "Agora realmente sabes quem é?" E acrescentou: "Venha! Vamos caçar juntos!"

Nenhum comentário:

Powered By Blogger

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
brasil/mundo
amigo conselheiro